domingo, 4 de setembro de 2016

Questões Enem Recursos Hídricos Hidrografia 4

Questão 92)

A Amazônia brasileira possui atributos físicos que a individualizam no território brasileiro e a tornam atraente a investimentos externos.

a) Aponte e descreva as características físicas que a tornam um importante reservatório hídrico.

b) Aponte e comente dois usos da água na Amazônia contemporânea relacionados ao capital internacional.

Gab:

a) A Amazônia brasileira caracteriza-se por conter um dos maiores reservatórios hídricos do mundo, não só em volume de d’água, como também em extensão. Tal quadro decorre basicamente do clima, da vegetação e do relevo local.

O clima amazônico apresenta elevados índices pluviométricos ao longo de todo o ano, com pequenos períodos de seca. Parte dessa umidade tem origem no processo de evapotranspiração produzido a partir da floresta. A associação entre os elevados índices pluviométricos da porção ocidental e a pequena declividade do relevo favorece uma distribuição mais extensiva da água pelo território.

b) A água da Amazônia vem despertando interesse do capital internacional nas últimas décadas, em razão da demanda de outros setores em que este capital investe. Na área energética, os investimentos ocorreram na geração e transmissão, garantindo energia elétrica para setores como o de produção de alumínio e mineração. Já no setor de transporte hidroviário, os investimentos centraram-se na infra-estrutura para o escoamento de grãos que se destinam ao mercado internacional.

TEXTO: 3 - Comum à questão: 93

A retirada da Laguna

Formação de um corpo de exército incumbido de atuar, pelo norte, no alto Paraguai – Distâncias e dificuldades de organização.

Para dar uma idéia aproximada dos lugares onde ocorreram, em 1867, os acontecimentos relatados a seguir, é necessário lembrar que a República do Paraguai, o Estado mais central da América do Sul, após invadir e atacar simultaneamente o Império do Brasil e a República Argentina em fins de 1864, encontrava-se, decorridos dois anos, reduzida a defender seu território, invadido ao sul pelas forças conjuntas das duas potências aliadas, às quais se unira um pequeno contingente de tropas fornecido pela República do Uruguai.

Do lado sul, o caudaloso Paraguai, um dos afluentes do rio da Prata, oferecia um acesso mais fácil até a fortaleza de Humaitá,1 que se transformara, graças à sua posição especial, na chave de todo o país, adquirindo, nesta guerra encarniçada, a importância de Sebastopol na campanha da Criméia.2

Do lado da província brasileira de Mato Grosso, ao norte, as operações eram infinitamente mais difíceis, não apenas porque milhares de quilômetros a separam do litoral do Atlântico, onde se concentram praticamente todos os recursos do Império do Brasil, como também por causa das cheias do rio Paraguai, cuja porção setentrional, ao atravessar regiões planas e baixas, transborda anualmente e inunda grandes extensões de terra.

O plano de ataque mais natural, portanto, consistia em subir o rio Paraguai, a partir da República Argentina, até o centro da República do Paraguai, e em descê-lo, pelo lado brasileiro, a partir da capital de Mato Grosso, Cuiabá, que os paraguaios não haviam ocupado.

Esta combinação de dois esforços simultâneos teria sem dúvida impedido a guerra de se arrastar por cinco anos consecutivos, mas sua realização era extraordinariamente difícil, em razão das enormes distâncias que teriam de ser percorridas: para se ter uma idéia, basta relancear os olhos para o mapa da América do Sul e para o interior em grande parte desabitado do Império do Brasil.

No momento em que começa esta narrativa, a atenção geral das potências aliadas estava, pois, voltada quase exclusivamente para o sul, onde se realizavam operações de guerra em torno de Curupaiti e Humaitá. O plano primitivo fora praticamente abandonado, ou, pelo menos, outra função não teria senão submeter às mais terríveis provações um pequeno corpo de exército quase perdido nos vastos espaços desertos do Brasil.

Em 1865, no início da guerra que o presidente do Paraguai, López,3 sem outro motivo que a ambição pessoal, suscitara na América do Sul, mal amparado no vão pretexto de manter o equilíbrio internacional, o Brasil, obrigado a defender sua honra e seus direitos, dispôs-se resolutamente à luta. A fim de enfrentar o inimigo nos pontos onde fosse possível fazê-lo, ocorreu naturalmente a todos o projeto de invadir o Paraguai pelo norte; projetou-se uma expedição deste lado.

Infelizmente, este projeto de ação diversionária não foi realizado nas proporções que sua importância requeria, com o agravante de que os contingentes acessórios com os quais se contara para aumentar o corpo de exército expedicionário, durante a longa marcha através das províncias de São Paulo e de Minas Gerais, falharam em grande parte ou desapareceram devido a uma epidemia cruel de varíola, bem como às deserções que ela motivou. O avanço foi lento: causas variadas, e sobretudo a dificuldade de fornecimento de víveres, provocaram a demora.

Só em julho pôde a força expedicionária organizar-se em Uberaba4, no alto Paraná (a partida do Rio de Janeiro ocorrera em abril); contava então com um efetivo de cerca de 3 mil homens, graças ao reforço de alguns batalhões que o coronel José Antônio da Fonseca Galvão havia trazido de Ouro Preto.5

Não sendo esta força suficiente para tomar a ofensiva, o comandante-em-chefe, Manoel Pedro Drago, conduziu-a para a capital de Mato Grosso, onde esperava aumentá-la ainda mais. Com esse intuito, o corpo expedicionário avançou para o noroeste e atingiu as margens do rio Paranaíba, quando lhe chegaram então despachos ministeriais com a ordem expressa de marchar diretamente para o distrito de Miranda, ocupado pelo inimigo.

No ponto onde estávamos, esta ordem tinha como conseqüência necessária obrigar-nos a descer de volta até o rio Coxim6 e em seguida contornar a serra de Maracaju pela base ocidental, invadida anualmente pelas águas do caudaloso Paraguai. A expedição estava condenada a atravessar uma vasta região infectada pelas febres palustres.

A força chegou ao Coxim7 no dia 20 de dezembro, sob o comando do coronel Galvão, recém-nomeado comandante-em-chefe e promovido, pouco depois, ao posto de brigadeiro.

Destituído de qualquer valor estratégico, o acampamento de Coxim encontrava-se pelo menos a uma altitude que lhe garantia a salubridade. Contudo, quando a enchente tomou os arredores e o isolou, a tropa sofreu ali cruéis privações, inclusive fome.

Após longas hesitações, foi necessário, enfim, aventurarmonos pelos pântanos pestilentos situados ao pé da serra; a coluna ficou exposta inicialmente às febres, e uma das primeiras vítimas foi seu infeliz chefe, que expirou às margens do rio Negro; em seguida, arrastou-se depois penosamente até o povoado de Miranda.8

Ali, uma epidemia climatérica de um novo tipo, a paralisia reflexa,9 continuou a dizimar a tropa.

Quase dois anos haviam decorrido desde nossa partida do Rio de Janeiro. Descrevêramos lentamente um imenso circuito de 2112 quilômetros; um terço de nossos homens perecera.

(VISCONDE DE TAUNAY (Alfredo d’Escragnolle-Taunay). A retirada da

Laguna – Episódio da guerra do Paraguai. Tradução de Sergio Medeiros.

São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 35 a 41.)

NOTAS DA EDIÇÃO ADOTADA

(1) Humaitá e Curupaiti, situadas às margens do rio Paraguai, constituíam o mais forte obstáculo fluvial no caminho da esquadra brasileira para atingir Assunção a partir de Corrientes, na Argentina. Este complexo de empecilhos fluviais foi vencido em 15 de fevereiro de 1868. (Nota do tradutor) (2) Sebastopol, um importante porto militar da Ucrânia, resistiu por onze meses, em 1854, ao ataque da França, Inglaterra e Turquia, durante a guerra da Criméia, que opôs os três países citados à Rússia czarista. (Nota do tradutor) (3) Francisco Solano López (1826-1870) era filho do ditador Carlos Antonio López, que governou o Paraguai entre 1840 e 1862. Foi educado no Paraguai e na Europa, e, ao retornar a seu país, passou a colaborar com o pai, tornando-se logo ministro da Guerra e da Marinha. Subiu ao poder em 1862. Em 1870, foi morto por tropas brasileiras. (Nota do tradutor) (4) A 594 quilômetros do litoral do Atlântico. (Nota original do autor) (5) Capital da província de Minas Gerais. (Nota original do autor) (6) Coxim é também o nome dado ao ponto de confluência dos rios Taquari e Coxim. (Nota do tradutor) (7) 18° 33’ 58” lat. S. – 32° 37’ 18” long. da ilha de Fer (astrônomos portugueses). (Nota original do autor) (8) A 396 quilômetros ao sul do Coxim. Essas duas localidades pertencem à província de Mato Grosso e estão a cerca de 1522 quilômetros do litoral. (Nota original do autor) (9) Este mal, de natureza palustre, é conhecido no Brasil sob o nome de beribéri. (Nota original do autor)

Questão 93)

Pelo texto de Taunay, observa-se que a rede de drenagem da área representou importante papel no episódio descrito.

Observe a figura.

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Quais são as duas grandes bacias hidrográficas alimentadas pelos rios que cortam esta área? Em termos geográficos, qual o papel da serra de Maracaju em relação aos rios destas bacias hidrográficas?

Gab:

O sul do Pantanal Matogrossense é drenado pelas redes hidrográficas do Rio Paraguai e do Rio Paraná.

A Serra de Maracaju é o principal divisor de águas e separa as duas bacias e suas respectivas redes hidrográficas.

Questão 94)

Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento em regiões na fronteira Brasil-Bolívia formou um grande arco ao longo de dois importantes rios. Observe os mapas.

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Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte onde esse fato está ocorrendo, os rios mencionados e três causas do desmatamento naquela área.

a) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especulação imobiliária e criação de gado leiteiro.

b) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de pastagens e de campos de soja.

c) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária, corte de madeiras nobres, formação de pastagens.

d) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, corte de madeiras de lei, criação de gado estabulado.

e) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de madeiras nobres, criação extensiva de bovinos.

Gab: C

Questão 95)

As características do relevo da América do Sul e, mais especificamente, do território brasileiro, fazem com que tenhamos no Brasil importantes rios, que fluem nas mais diferentes direções. Sobre este assunto, assinale o que for correto.

01. O Rio São Francisco, conhecido como Rio da Integração Nacional, flui predominantemente no sentido sul–norte, com ten- dência sudoeste–nordeste e com deslocamento oeste–leste na sua porção final.

02. O Rio Paraná, que tem um importante potencial hidrelétrico, flui no sentido norte–sul, com tendência nordeste–sudoeste.

04. O Rio Amazonas, o de maior volume de águas do mundo, flui no sentido oeste–leste; ele nasce na Cordilheira dos Andes e de-ságua no Oceano Atlântico.

08. O Rio Paranapanema, que faz a divisa entre São Paulo e o Paraná ao norte de nosso estado, e o Rio Iguaçu, de grande potencial hidrelétrico, fluem predominantemente de leste para oeste, para o interior do continente.

16. O Rio Tocantins, importante afluente do Rio Amazonas, flui na direção norte–sul.

Gab: 15

Questão 96)

Analise o mapa a seguir.

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Disponível em: <http://pt.wikipedia.org./wiki/Imagem:Brasil_hidrograficas.svg>. Acessado em: 15/05/2009. (Adaptado).

O São Francisco sempre foi visto como um rio de integração nacional. Observa-se, ao longo de suas margens, a existência significativa de núcleos urbanos que têm suas atividades ligadas à presença do rio. As cidades localizadas na área de influência desse rio fazem parte das seguintes unidades federativas:

a) MA, PE, AL, BA, RN

b) RN, MG, BA, PE, AL

c) MG, BA, AL, PE, SE

d) PI, CE, PE, BA, MG

e) BA, PE, AL,SE, PB

Gab: C

Questão 97)

São características da hidrografia brasileira, EXCETO

a) No território brasileiro, só existem lagos de várzea e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por restingas.

b) Com exceção do Amazonas, todos os rios brasileiros possuem regime fluvial.

c) Em áreas de elevado índice pluviométrico, predominam os rios de planície que são mais adequadas para a produção de hidreletricidade.

d) No Sertão nordestino, área de clima semiárido, predominam rios intermitentes.

Gab: C

Questão 98)

O Rio Taquari é um dos principais afluentes do rio Paraguai. Sua bacia hidrográfica ocupa uma superfície de 28 mil km². Na sua parte baixa, desempenha um importante papel para as populações ribeirinhas e para a economia das regiões de Nhecolândia e Paiaguás, importantes regiões criatórias de bovinos de corte do Pantanal. Nas últimas décadas, o Rio Taquari vem passando por um processo intenso de assoreamento, sendo considerado o maior desastre ambiental do Pantanal sul-matogrossense.

Sobre o assoreamento do Rio Taquari, é correto afirmar:

01. A rápida expansão da agropecuária, nas partes altas da bacia do Rio Taquari, a partir de meados da década de 1970, desarticulada de zoneamento agropecuário, acelerou os processos erosivos no planalto e, consequentemente, o assoreamento do Taquari no Pantanal. Em virtude disso, o padrão das inundações, na planície do baixo curso do Taquari, foi alterado, e a pecuária bovina de corte, principal atividade econômica da região, foi drasticamente afetada pelo alagamento de uma vasta superfície.

02. A urbanização, nas partes altas da bacia do Rio Taquari, e o desmatamento, nas partes baixas do Pantanal, intensificaram a taxa de assoreamento no leito do rio em relação a períodos anteriores. Isso mostra que a intensificação do assoreamento e da inundação do Rio Taquari está fortemente correlacionada com o crescimento demográfico e expansão da pecuária no Pantanal.

04. A construção de pequenas represas e a implantação de um parque natural, no baixo curso do Rio Taquari, são algumas das alternativas apresentadas para resolver o problema do assoreamento, pois irão conter as erosões, no alto curso, e as inundações no baixo curso do rio. Admite-se que o assoreamento do rio não tem origem natural e que as inundações são recentes em seu baixo curso.

08. A região do Rio Taquari, no Pantanal, era caracterizada por pulsos de inundação (ciclos de cheia e seca), que alagavam a área apenas em alguns meses do ano. Entretanto, ao longo das últimas décadas, esses pulsos de inundação deixaram de existir, obrigando muitas famílias e inúmeros animais silvestres que habitavam a área a abandonar a região. Hoje, uma extensa área encontrase permanentemente submersa nas sub-regiões do Pantanal de Nhecolândia e Paiaguás.

16. O processo de assoreamento do rio está relacionado ao processo de erosão que, por sua vez, está relacionado com o processo de desmatamento, em conformidade com o ciclo hidrológico. O desmatamento descontrolado torna o solo susceptível à erosão, sendo carregado pelas águas da chuva para o leito do rio, que se torna mais raso aumentando os riscos de enchentes e inundações de extensas áreas.

Gab: 25

Questão 99)

Com relação às bacias hidrográficas brasileiras, assinale o que for correto.

01. A Bacia Amazônica é a maior do mundo em volume de água. Além do Brasil, banha oito países da América do Sul: Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia.

02. A Bacia do Paraná ocupa o segundo lugar no Brasil em área e em potencial hidroelétrico. Destaca-se pela localização privilegiada (Centro-Sul do país) e por instalar uma das maiores usinas geradoras de eletricidade do mundo (Itaipu).

04. A Bacia do São Francisco se destaca como bacia da integração nacional, ligando as regiões Nordeste e Sul. Caracteriza-se pelo fato de o rio principal, o São Francisco, transformar-se em rio perene nos períodos de seca no Nordeste.

08. A Bacia do Paraguai apresenta grande potencial em navegação. O seu rio principal é o rio Paraguai que, além do Brasil, banha o Paraguai e a Argentina e, ao juntar-se ao rio Paraná, forma o rio da Prata.

16. A Bacia do Tocantins-Araguaia é totalmente brasileira e uma das maiores em potencial hidroelétrico. No rio Tocantins, está instalada a Usina de Tucuruí, responsável pelo abastecimento de energia elétrica de boa parte da região Norte do país.

Gab: 27

Questão 100)

Historicamente, os rios tiveram um papel importante na formação de centros urbanos, tanto pelo abastecimento de água como por ser um meio de transporte que favorecia as trocas de mercadorias, sobretudo de produtos agrícolas. Entretanto, ao longo do tempo, os rios passaram a ser utilizados como rede de esgoto. Discorra sobre dois problemas socioambientais decorrentes do uso inadequado dos recursos hídricos em áreas urbanas no Brasil.

Gab:

Poluição das águas – causada principalmente pelo lançamento de esgoto sem tratamento.

Enchentes – provocadas pelo assoreamento dos rios e pelo aumento do escoamento superficial em áreas urbanas.

Aumento de incidência de doenças de pele e diarréias causadas pelo contato da população com a água contaminada.

Questão 101)

A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) – assinada pelo Brasil em 1982 e ratificada em 1988 – introduz ou consagra os conceitos de mar territorial, zona econômica exclusiva e plataforma continental.

Em 1993, o Governo brasileiro sancionou a lei que tornou os limites marítimos brasileiros coerentes com os limites preconizados pela CNUDM. O mar territorial brasileiro de 200 milhas marítimas – instituído em 1970 – passou a ser de 12 milhas marítimas, ao qual foram acrescidas 188 milhas referentes à zona econômica exclusiva.

J. M. DE SOUZA

Adaptado de www.scielo.br

A alteração da legislação brasileira no que se refere aos limites marítimos reflete as mudanças na diplomacia externa do país dos anos 1970 para os anos 1980/1990.

As duas diretrizes da política externa do Brasil, para cada um desses dois períodos, estão formuladas, respectivamente, em:

a) gestão pública alicerçada nas principais demandas populares – adoção dos novos princípios mundiais de domínio compartilhado dos recursos naturais

b) exercício da soberania baseado em decisões unilaterais de inspiração nacionalista – integração a sistemas multilaterais de decisão na esfera mundial

c) ação do Estado fundamentada na lógica de alianças da Guerra Fria – submissão às resoluções dos organismos internacionais manipuladas pelas potências hegemônicas

d) intervenção governamental em defesa dos interesses econômicos externos – implantação de uma estratégia de consenso internacional em detrimento dos capitais nacionais

Gab: B

Questão 102)

O Velho Chico

O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas compreendidas pela dominação do Vale do São Francisco, onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro (Bahia) devido a agricultura irrigada. Essa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a produção de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_S%C3%A3o_Francisco#Lendas_do_S.C3.A3o_Francisco)

O texto revela a importância econômica do rio São Francisco para as populações ribeirinhas, na atualidade. Sua transposição tem sido apontada como uma solução para minimizar o problema da seca no Nordeste. Durante o período colonial brasileiro, esse rio também foi importante, em razão de

a) incentivar o desenvolvimento da agricultura de subsistência para os nativos e a exploração de especiarias.

b) ser responsável pela ocupação do litoral nordestino e pela implantação da agroindústria açucareira.

c) favorecer a expansão territorial pelas bandeiras oficiais e a descoberta de metais preciosos no Sudeste.

d) contribuir para a interiorização da colonização e para o desenvolvimento da pecuária no Nordeste.

e) possibilitar o intercâmbio cultural entre índios, negros e europeus e a extração do pau-brasil na região.

Gab: D

Questão 103)

Relacione os rios brasileiros contidos na coluna A às suas respectivas hidrelétricas, listadas na coluna B.

Coluna A

1. Paraná

2. São Francisco

3. Tocantins

4. Jacuí

5. Uruguai

Coluna B

( ) Três Marias

( ) Dona Francisca

( ) Itá

( ) Itaipu

( ) Tucuruí

A relação correta, de cima para baixo é:

a) 1 – 3 – 2 – 4 – 5.

b) 2 – 4 – 5 – 1 – 3 .

c) 3 – 5 – 1 – 2 – 4 .

d) 4 – 5 – 1 – 3 – 2 .

e) 5 – 4 – 3 – 1 – 2 .

Gab: B

Questão 104)

A manchete abaixo mostra que a obra de transposição do Rio São Francisco é foco de conflitos e disputa entre os diferentes usuários do rio. Sobre o assunto, é correto afirmar:

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I. Do ponto de vista do Ministério da Integra ção Nacional, levar água para abastecer sertanejos da PB, PE, CE e RN é a solução para acabar com os males da seca, criar pólos de agricultura irrigada para produzir renda e reduzir o êxodo rural.

II. Os defensores do projeto afirmam que 95% da água, que ultrapassa a barragem de Sobradinho, é despejada na foz sem nenhum uso. Apenas 5% são consumidas ao longo do rio e apenas 1% será captada pelos canais de transposição sem causar estragos ambientais.

III. Os opositores da transposição, MG, BA, SE e AL, temem que a obra reduza a água que irriga seus municípios, prejudique a geração de energia hidroelétrica e importantes zonas agrícolas irrigadas responsáveis pela produção de 70% das exportações brasileiras de manga e uva. Enfim, temem os impactos ambientais e econômicos do projeto.

IV. Na visão dos ambientalistas e críticos da transposição, o mais urgente é “revitalizar” o rio, com projetos que recuperem a mata ciliar e reduzam os impactos ambientais, já que 450 cidades sem saneamento básico lançam detritos em suas águas espalhando poluição.

Estão corretas:

a) Todas as proposições

b) Apenas as proposições I e II

c) Apenas as proposições II e III

d) Apenas as proposições I e III

e) Apenas as proposições I e IV

Gab: A

Questão 105)

Sobre a hidrografia do Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A bacia do Paraná é a região mais industrializada e urbanizada do país, pois nela reside quase um terço da população brasileira, abrigando, também, o maior aglomerado urbano do Brasil.

b) A bacia do Paraguai destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada para o transporte de carga, fator importante para a integração dos países do Mercosul.

c) A bacia do São Francisco, por ser composta por rios intermitentes, é pouco utilizada para geração de energia, provocando, assim, entrave no desenvolvimento do sertão nordestino.

d) Na bacia do Leste está o rio Paraíba do Sul que se situa entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentando, ao longo do seu curso, diversos aproveitamentos hidrelétricos.

Gab: C

Questão 106)

“... Bacia hidrográfica amplamente navegável, pois atravessa regiões de relevo pouco acidentado no pantanal mato-grossense e, por essa mesma razão, apresenta pequeno potencial hidrelétrico, sofrendo um intenso processo de inundação durante as chuvas de verão, fenômeno responsável pela denominação de Pantanal.”

Paulo Roberto Moraes, Geografia Geral e do Brasil

A bacia hidrográfica a que se refere o texto é a

a) Bacia Platina, sub-bacia do Rio Paraná.

b) Bacia do Uruguai, sub-bacia do Rio Paraná.

c) Bacia Platina, sub-bacia do Rio Paraguai.

d) Bacia do Paraná, sub-bacia do Rio Uruguai.

e) Bacia do Uruguai, sub-bacia do Rio Cuiabá.

Gab: C

Questão 107)

Observe os esquemas a seguir.

Figura 1

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Figura 2

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(MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná.

Curitiba: Imprensa Oficial, 2002. p. 287-288.)

Na Figura 1, observa-se a retenção da água pelas folhagens e uma boa distribuição pela copa das árvores, arbustos e folhas no solo. A água se infiltra lentamente na camada superior do solo, até atingir o lençol freático.

Na figura 2, devido à desnudação, o solo fica sob a ação direta das precipitações, ou seja, ele é lavado e a erosão retira seus componentes mais nutritivos, o que resulta na condensação do subsolo numa maior profundidade.

Com base nas figuras 1 e 2 , assinale a alternativa que melhor descreve as conseqüências do desmatamento para o caso paranaense.

a) Redução da vazão das fontes d’água e erosão do solo, devido ao lento escoamento superficial e ao conseqüente aumento na alimentação das águas subterrâneas, acarretando enchentes de rios e formação de voçorocas.

b) Diminuição em larga escala da água do subsolo e erosão do solo, devido à conseqüente diminuição na alimentação das águas subterrâneas e ao rápido escoamento hídrico superficial que transporta a camada mais rica do solo, acarretando o assoriamento dos cursos d’ água e o aparecimento de voçorocas.

c) Aumento da recarga de fontes d’ água centenárias e erosão do solo, devido ao lento escoamento superficial e à inexistência das raízes de plantas que retinham e acumulavam águas alimentadoras do lençol freático, acarretando períodos prolongados de cheias.

d) Redução de sedimentos e detritos nas correntezas dos rios e arroios, que determinam o rápido acúmulo de lodo nas bacias de captação e barragens, acarretando umidade no horizonte C do solo.

e) Redução da vazão das fontes d’água e erosão do solo, devido à sedimentação crescente dos rios e à diminuição da ocorrência de raízes de plantas, que determinam o acúmulo de lodo nas bacias de captação e barragens, ocasionando períodos de fortes precipitações.

Gab: B

Questão 108)

Sobre a hidrografia paranaense e seu potencial energético, assinale o que for correto.

01. Os rios da Bacia Atlântica nascem nas encostas da Serra do Mar ou no Primeiro Planalto Paranaense e, com direção oeste–leste, deságuam no Oceano Atlântico.

02. O maior potencial hidrelétrico do Estado está no Rio Paraná, que, numa extensão de 400 quilômetros, desde a foz do Rio Paranapanema até a foz do Rio Iguaçu, apresenta as hidrelétricas de Itaipu, Salto Osório, Salto Santiago, Salto Segredo, Foz do Areia, Capivara, Rosana e Xavantes.

04. Os rios da Bacia do Paraná, em território paranaense, têm seus trajetos marcados por saltos, cachoeiras e corredeiras, com declives que oferecem importante fonte de energia.

08. Os rios do litoral são de curta extensão, mas possuem declives acentuados e débitos estáveis, sendo importantes para o fornecimento de energia hidrelétrica.

Gab: 13

Questão 109)

A água é um recurso natural que pode ser utilizado para vários fins, dentre os quais se destaca a produção de energia.

a) Explique por que o Brasil está entre os países que mais produzem energia proveniente de usinas hidrelétricas.

b) Cite dois impactos socioambientais negativos que os lagos artificiais formados em decorrência da construção de usinas hidrelétricas produzem no território brasileiro.

Gab:

a) rios caudulosos de planalto e regime puvial

b) grandes áreas inundadas, redução da biodiversidade

Questão 110)

A hidrografia é um elemento natural muito marcante na paisagem brasileira. Embora apresente problema de escassez de água na região nordeste, o Brasil reúne as maiores bacias hidrográficas do planeta, tendo, portanto, abundância de águas superficiais e subterrâneas nas áreas banhadas por essas bacias.

Este fato concede ao país um grande potencial hidrelétrico.

COELHO, M.A. & TERRA, L. Geografia Geral e Geografia do Brasil:

Espaço Natural e Socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2005, pág. 321.

No passado, assim como no presente, a bacia do São Francisco interfere na vida da população nordestina. Apresente a sua importância ao longo do Brasil colonial e um impacto sofrido com a atual ação governamental relativa à transposição do rio.

Gab:

No passado: A bacia serviu como via de transporte para a interiorização da população e do gado; contribuiu para a estruturação de vilas no sertão.

Na atualidade: Com a transposição a bacia sofre uma redução do seu potencial hidrelétrico; a estrutura de transporte será prejudicada; a população que vive da pesca terá a sua sobrevivência econômica ameaçada.

Questão 111)

Estima-se que o volume de água existente no planeta supere a casa dos 1,4 bilhões de metros cúbicos, e um pouco mais de 97% desse volume é composto de água salgada concentrada nos oceanos e mares, restando para a água doce, ou seja, aquela que consumimos diariamente, pouco menos de 3% do volume total.

GARCIA, H. C.; GARAVELLO, T. M. Geografia: de olho no mundo do trabalho.

São Paulo: Scipione, 2005. p. 304. Volume único para o ensino médio.

A partir da leitura do texto acima e com base nos seus conhecimentos, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01. As principais fontes de água doce estão nas calotas polares, sob a forma de gelo, e no subsolo, na forma de lençóis freáticos.

02. Os rios da Região Sul do Brasil apóiam-se em dois sistemas de drenagem. Com base nessa afirmação pode-se dividir os rios catarinenses em duas vertentes: a do Atlântico e a do Interior.

04. Em função da distribuição regular das chuvas em todo o território brasileiro, todos os rios são considerados perenes.

08. A água doce encontra-se distribuída de forma eqüitativa em todas as regiões do globo terrestre.

16. Em relação ao ciclo da água, a construção de grandes represas não causa impactos na região, uma vez que a água que alimenta a represa prossegue depois rio abaixo com a mesma vazão e velocidade.

32. São exemplos de águas continentais em Santa Catarina as lagoas da Conceição e do Imaruí, e o rio Peperi-Guaçu.

Gab: 35

Questão 112)

“O sertão vai virar mar?

Bispo encerra greve de fome. Obras recomeçam em janeiro.

Vinte e quatro dias, muita polêmica e algumas lágrimas depois, terminou na quinta-feira, 20 de dezembro, a greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, contra a transposição do rio São Francisco. No dia anterior o religioso de 61 anos havia sido hospitalizado em Petrolina (PE), em estado de extrema fragilidade, após um desmaio. Ao mesmo tempo em Brasília, o Supremo Tribunal Federal rejeitava recurso da Procuradoria-Geral da República e liberava as obras de transposição. Para a procuradoria o governo todas as exigências legais para o início dos trabalhos, como a realização de audiências públicas e estudos de impacto ambiental. O Supremo discordou e o projeto recomeçará em janeiro.”

(Revista da Semana, 31/12/2007).

A propósito da transposição do Rio São Francisco, é correto afirmar que:

I. O projeto consiste em estender a circulação do Rio São Francisco para a região denominada Polígono da Seca, uma região de clima semi-árido, com poucas chuvas e altas temperaturas ao longo do ano.

II. O projeto defendido pelo governo, prevê a retirada da água de represas do Rio São Francisco para levá-las para outros rios menores e a construção de canais e reservatórios que abasteceriam o Polígono da Seca, aliviando a região dos efeitos da estiagem.

III. O governo afirma que o projeto é uma obra social que levará desenvolvimento para uma região marcada pela fome e miséria, enquanto o movimento dos agricultores sem terras é contrário porque acredita que a transposição irá beneficiar apenas os latifundiários e as grandes empresas.

IV. Ambientalistas temem pela morte do rio São Francisco e pelo impacto da transposição para as espécies que vivem nos rios atingidos pelo projeto.

Quais estão corretas?

a) Apenas I, II e III.

b) Apenas I, II e IV.

c) Apenas I, III e IV.

d) Apenas a II, III e IV.

e) I, II, III e IV.

Gab: E

Questão 113)

A respeito da rede hidrográfica brasileira, assinale o que for correto.

01. A Bacia Amazônica, a mais vasta do mundo, tem potencial hidrelétrico, mas apresenta o inconveniente de que, em função de a maioria de seus rios ser de planície, o represamento deles provocará a inundação de vastas áreas cobertas de florestas.

02. As Bacias do Rio Paraná e do Rio São Francisco, em que predominam rios de planalto, têm elevado poder hidrelétrico. Neles está instalada a maior parte das usinas hidrelétricas do país.

04. Os rios de planície da Bacia Amazônica têm como funções principais o transporte fluvial e o sustento das populações ribeirinhas, por causa da abundância da pesca.

08. As Bacias Platina, Amazônica e do São Francisco são genuinamente brasileiras, pois seus rios formadores, seus afluentes e subafluentes banham apenas território brasileiro.

16. A construção de usinas hidrelétricas em regiões da Bacia Amazônica provocaria, além do afogamento de áreas de florestas, a relocação de povos indígenas das áreas inundadas e prejuízos à rica fauna.

Gab: 23

Questão 114)

Os trechos abaixo tratam de diferentes tipos de movimentos migratórios. Leia-os e, em seguida, assinale a alternativa correta sobre o tema.

...Agora pensando

Ele segue outra tria

Chamando a famia

Começa a dizer

Meu Deus, meu Deus

Eu vendo meu burro

Meu jegue e o cavalo

Nóis vamo a São Paulo

Viver ou morrer...

(Trecho retirado da canção: A Triste Partida, de

Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga)

“a transformação no mundo do trabalho é a grande responsável pela “migração de retorno”.

Desde os anos 80, o emprego na indústria e na construção civil vem diminuindo e esses eram exatamente os setores que tradicionalmente absorviam a mão-de-obra pouco qualificada”.

(http://www.comciencia.br/noticias/2006/02/

migracao.htm)

a) as duas migrações retratam movimentos relacionados às dificuldades vividas por migrantes nordestinos que saem de suas regiões e, depois, instalam-se em áreas mais ricas do país.

b) o movimento migratório tratado na canção está relacionado com questões ambientais, enquanto o segundo retrata a falência da economia do centro oeste.

c) os movimentos migratórios mencionados retratam o intenso deslocamento de pessoas durante o milagre econômico brasileiro, ocorrido no início do governo do general Geisel.

d) a movimentação retratada no primeiro trecho fala sobre o êxodo rural em direção às metrópoles, e a segunda sobre a imigração exclusivamente urbana.

e) as movimentações de pessoas ao redor do país, tratadas tanto no primeiro quanto no segundo trecho, relacionam-se a fatores de atração e repulsão, tais como os climáticos, econômicos e sociais.

Gab: E

Questão 115)

Leia este trecho:

“Do chapadão – de onde tudo se enxerga. Do chapadão com desprumo de duras ladeiras repentinas, onde a areia se cimenta: a grava do areal rosado, fazendo pururuca debaixo dos cascos dos cavalos e da sola crua das alpercatas. Ou aquela areia branca, por baixo da areia amarela, por baixo da areia rosa, por baixo da areia vermelha – sarapintada de areia verde [...] O vivido velho dos vaqueiros, gritando galope, encourados rentes, aboiando.

Os bois de todo berro, marruás com marcas de unha de onça. Chovia de escurecer, trovoava, trovoava, a escuridão lavrava em fogo. E na chapada a chuva sumia, bebida, como por encanto, não deitava um lenço de lama, não enxurrava meio rego. Depois, subia um branco poder de sol, e um vento enorme falava, respondiam todas as árvores do cerrado [...] E o coração e corôo de tudo, o real daquela terra, eram as veredas vivendo em verde com o muito espelho de suas águas [...] e o buritizal...”

GUIMARÃES ROSA, João. O recado do Morro. Rio de Janeiro:

Nova Fronteira, 2007. p.116-117.

A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que

a) a pecuária extensiva, que, por longo tempo, foi a principal atividade econômica da região, criou tipos humanos da sociedade sertaneja  o vaqueiro, o peão, o boiadeiro.

b) a realidade é falseada quando se descrevem, numa região de pouca umidade, chuvas abundantes e fortes, com nuvens escuras, relâmpagos e trovões.

c) a unidade paisagística descrita é típica do Brasil Central  as grandes chapadas tabulares, do domínio morfoclimático dos cerrados, das matas galerias e veredas.

d) o solo, por ser arenoso, favorece a infiltração da água da chuva e reduz o escoamento superficial, o que torna o subsolo das chapadas um importante reservatório hídrico.

Gab: B

Questão 116)

A relação entre os elementos do meio físico maranhense evidencia que:

a) os solos das regiões centro e norte do Maranhão têm fertilidade natural semelhante.

b) a estrutura geológica do território controla os processos geomorfológicos costeiros.

c) o clima da zona costeira do estado é mais frio e seco em relação à zona do planalto.

d) o período chuvoso distribui–se uniformemente ao longo do território.

e) o volume d’água dos rios de porte médio diminui de oeste para leste.

Gab: E

Questão 117)

“Oásis verdejantes, lagoas cristalinas, peixes. Os Lençóis Maranhenses têm o tamanho da maior cidade brasileira e as miragens do maior deserto do mundo. A diferença é que, no ‘exótico deserto’ do Brasil, tudo é absolutamente real.”

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(RIBEIRO, 1998, p. 41).

Com base na análise do texto, na observação da figura e nos conhecimentos sobre o Nordeste brasileiro, indique a sub-região na qual estão localizados os Lençóis Maranhenses e justifique a formação de praias, dunas e lagoas nesse trecho do litoral oriental dessa sub-região.

Gab:

Os Lençóis Maranhenses situam-se na sub-região nordestina do Meio-Norte, mais precisamente no litoral oriental do Maranhão.

As praias que aí se formaram são resultantes dos sucessivos processos de acumulação marinha e as dunas, pela ação dos ventos alísios de nordeste, atuantes na região.

É um relevo de natureza dinâmica com intensa mobilidade atual. As lagoas que intercalam as dunas são formadas pelas chuvas e parte da água do mar que inunda o trecho mais próximo do litoral, nas marés altas.

Questão 118)

A crescente urbanização do território brasileiro, aliada ao processo de industrialização e aperfeiçoamento dos sistemas técnicos, contribuiu para uma reorganização do setor hidrelétrico, tornando possível comunicar as linhas através de estações e subestações de conversão. Assinale a alternativa que contém as usinas que formam o subsistema hidrelétrico do Norte/Nordeste.

a) Tucuruí, Paulo Afonso, Sobradinho e Furnas

b) São Samuel, Ilha Solteira, Jupiá e Balbina

c) Paulo Afonso, Boa Esperança, Três Marias e Tucuruí

d) Boa Esperança, Moxotó, Balbina e Xingó

Gab: D

Questão 119)

Observe o mapa abaixo.

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Fonte: Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE).

A respeito das bacias hidrográficas brasileiras apresentadas acima e suas principais características, marque para as alternativas a seguir (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opção.

01. O rio Amazonas atravessa uma grande área de planície e depressões, porém seus afluentes correm em áreas planálticas, dotando a bacia Amazônica de grande potencial hidrelétrico, considerado o maior do Brasil.

02. O rio São Francisco, tipicamente de planalto, atravessa áreas de clima semi-árido. Esse rio é navegável no trecho entre os estados de Minas Gerais e Bahia. Recentemente, através de projetos agropecuários, tem favorecido o desenvolvimento da agricultura, apesar do seu tradicional papel na criação de gado.

03. A bacia Platina, formada pelas bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai, por atravessar uma área de planalto, apresenta o maior potencial hidrelétrico, em uso, do país. Essa bacia banha as mais importantes regiões industriais do país.

04. Dentre as bacias inteiramente brasileiras, a do Tocantins-Araguaia é a maior em área e possui grande potencial hidrelétrico. No rio Tocantins foi construída a hidrelétrica de Tucuruí que gera energia para o Projeto Carajás.

Gab: VVVV

Questão 120)

Observe o mapa.

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(ANA, 2001. Adaptado.)

O mapa destaca o Aqüífero Guarani, importante reservatório de água subterrânea, formado por rochas

a) ígneas e graníticas.

b) vulcânicas e ígneas.

c) graníticas e arenosas.

d) graníticas e vulcânicas.

e) arenosas e vulcânicas.

Gab: E

TEXTO: 4 - Comum à questão: 121

Os sertões

A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas embatia, fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No alto, volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o forasteiro sentia-se em segurança. Estava sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro do invasor e da metrópole. Transposta a montanha – arqueada como a precinta de pedra de um continente – era um isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se exercia ao norte; reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a qual se amorteciam todas as cobiças, e alteava, sobranceira às frotas, intangível no recesso das matas, a atração misteriosa das minas...

Ainda mais – o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação oceânica.

Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das entradas.

A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo; encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal, irresistivelmente, na correnteza dos rios.

Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S. Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos d’água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor resistência, que definem os lineamentos mais claros da expansão colonial, não se opunham, como ao norte, renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a barreira intangível dos descampados brutos.

Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise colonial, no século XVII.

Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que, solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole, completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências, norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores. Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o holandês e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madri e Díaz Taño a Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.

De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador Bueno.

Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores, na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico disfarçando o monopólio do braço indígena.

(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões.

Edição crítica de Walnice Nogueira Galvão.

2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)

Questão 121)

Considere este trecho do texto de Euclides da Cunha: ... ele levava os sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Brasil inteiro. A seguir, observe o mapa.

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Identifique o rio e a bacia hidrográfica a que o autor se refere na primeira parte do texto.

Qual é a denominação da bacia hidrográfica internacional que permite que estas águas brasileiras cheguem ao Oceano Atlântico?

Gab:

O rio e a bacia hidrográfica a que o autor se refere são o Tietê e a bacia do Paraná. A denominação internacional dessa bacia é bacia Platina (ou do Prata).

Questão 122)

Examine a tabela:

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD, 2005

(1) Exclusive os domicílios da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá

Levando em consideração a distribuição geográfica e o uso da água no Brasil, assinale a alternativa correta:

a) O Brasil detém 12% da água doce no mundo, e cerca de 70% estão na Bacia Amazônica, onde a densidade populacional é a menor do país, mas para Região Norte esse fato não garante um maior acesso de água tratada para a população.

b) A capacidade econômica das regiões interfere pouco na distribuição de água encanada, pois o fundamental são as condições naturais de distribuição e densidade da rede hidrográfica.

c) Embora a Amazônia tenha 70% da água doce no país, o restante encontra-se num equilíbrio relativo com seu quadro demográfico. Por exemplo: o Nordeste possui 5% da água doce, mas sua população está entre as menores do país.

d) Apesar da grande disponibilidade de água na região Centro-Oeste, o índice de distribuição de água encanada só se tornará mais elevado quando houver crescimento das atividades agrícolas nessa região.

e) Diante da baixa densidade demográfica da Região Norte, não se justifica a baixa densidade da rede de água tratada, já que redes de água canalizada são mais viáveis nessas condições.

Gab: A

Questão 123)

A água encontra-se neste início de século em condições que exigem sérios cuidados. Além do volume existente desse recurso, é importante considerar sua distribuição geográfica e suas formas de uso para preservá-lo.

Tendo como referência o planeta, pode-se afirmar que

a) o consumo mundial de água doce é maior na agricultura (mais de 70%), mas esse índice tende a cair, pois a agricultura está se concentrando cada vez mais em áreas já úmidas.

b) o maior estoque de água doce é subterrânea, superando o volume de águas em estado sólido (calotas polares, geleiras e neves permanentes), em razão do derretimento provocado pelo efeito estufa.

c) apenas ¼ das águas do planeta não é de água salgada, e esse volume é insuficiente para as necessidades humanas, o que obriga ações de dessalinização das águas oceânicas.

d) existe notória desigualdade na distribuição das águas continentais e, nesse aspecto, a América do Sul é um dos continentes mais abastecidos com esse recurso natural, em especial nas áreas tropicais.

e) embora na área intertropical do planeta haja uma dominância de climas chuvosos, os estoques de água doce não são expressivos nessa área, pois essa também é uma área de grande evaporação.

Gab: D

Questão 124)

Os rios constituem um elemento essencial para o ser humano, desde os primórdios da humanidade até os dias atuais. Além de sua importância natural, destaca-se também sua funcionalidade política, econômica e social.

Os rios são correntes de água doce que se formam a partir de uma precipitação (chuva ou neve) ou de fontes naturais.

Em uma bacia hidrográfica, é possível identificar diferentes elementos e características no percurso de um rio.

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II Mondo Grande atlante geográfico, 1998. [adapt.]

Com base nos dados acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que apresenta a relação correta dos elementos e características identificados na figura.

a) (4) Nascente, (3) Afluente, (2) Meandro, (1) Foz em Delta, (5) Margem esquerda e (6) Margem direita.

b) (6) Nascente, (2) Afluente, (4) Meandro, (1) Foz em Delta, (5) Margem esquerda e (3) Margem direita.

c) (4) Nascente, (2) Afluente, (5) Meandro, (1) Foz em Delta, (6) Margem esquerda e (3) Margem direita.

d) (6) Nascente, (3) Afluente, (2) Meandro, (4) Foz em Delta, (5) Margem esquerda e (1) Margem direita.

e) (2) Nascente, (1) Afluente, (4) Meandro, (3) Foz em Delta, (6) Margem esquerda e (5) Margem direita.

f) I.R.

Gab: B

Questão 125)

“Nunca comemos tão bem. Peixes os mais variados, de sabor incomum, cobriam a mesa: costela de tambaqui na brasa, de tucunaré frito, pescada amarela recheada de farofa.”

“Dias e noites no quarto, sem dar um mergulho nos igarapés, nem mesmo aos domingos, quando os manauaras saem ao sol e a cidade se concilia com o Rio Negro.

[...] O pai tampouco entendia por que ele renunciava à juventude, ao barulho festivo e às serenatas que povoavam de sons as noites de Manaus. ”

HATOUN, Milton. Dois Irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 32; 163.

A partir da leitura dos trechos acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) sobre o quadro físico e socioeconômico do Domínio Morfoclimático Amazônico.

01. Costuma-se dividir as águas fluviais da Amazônia em dois tipos: os rios de águas claras e os de águas escuras.

02. As elevadas altitudes compreendem toda a extensão do Domínio Amazônico.

04. Os rios de águas escuras da Amazônia são ricos em sais minerais dissolvidos e apresentam pouca matéria orgânica.

08. Os igarapés são os braços de água que ligam dois rios ou um rio e um lago.

16. A piscosidade dos rios amazônicos é, em geral, elevada.

32. No século XIX, o ciclo do algodão deu novo impulso à ocupação do Domínio Amazônico. Algumas cidades como Manaus e Rio Branco cresceram vertiginosamente.

Gab: 17

Questão 126)

O Brasil, dada a sua grande extensão territorial e a predominância de climas quentes e úmidos, tem uma extensa rede hidrográfica. Sobre a hidrografia brasileira, é correto afirmar:

01. Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas, possuem regime pluvial.

02. Nem todos os rios são exorréicos, pois no Nordeste e no Sul do País existem rios que deságuam em lagos.

04. Há rios temporários apenas no sertão nordestino, onde o clima é semi-árido.

08. Com exceção dos rios Amazonas e Parnaíba, todos os rios brasileiros, que deságuam livremente no oceano, formam estuários.

16. Existe um equilíbrio entre a disponibilidade de água em superfície e a capacidade de abastecimento da população no território brasileiro.

Gab: 13

Questão 127)

Sobre a bacia hidrográfica do rio Paraná, onde se insere a maior parte do território paranaense, é correto afirmar que

01. é a maior bacia hidrográfica em área do continente, considerando-se a sua extensão nos territórios brasileiro, argentino, paraguaio e uruguaio.

02. é a maior produtora de hidroeletricidade do país, embora seja a segunda em potencial hidroelétrico.

04. a Hidrovia Tietê–Paraná tem a sua navegabilidade garantida porque, nesse setor, a bacia ocupa áreas de planícies.

08. o rio Paraguai, afluente do rio Paraná, atravessa o Pantanal Matogrossense.

16. o principal rio da bacia é o Paraná e o segundo é o rio Iguaçu, afluente da margem direita, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu.

Gab: 10

Questão 128)

A microbacia do Dilúvio tem cerca de 80 quilômetros quadrados, dos quais 19% estão localizados no Município de Viamão. A extensão canalizada do Arroio Dilúvio é de aproximadamente 12 quilômetros. As alternativas seguintes descrevem características sobre o Arroio Dilúvio, exceto:

a) O Dilúvio nasce na Lomba do Pinheiro, Zona Leste da Cidade, na Represa da Lomba do Sabão.

b) Recebe vários afluentes como os arroios dos Marianos, Moinho, São Vicente e Cascatinha e deságua no limite entre os parques Marinha do Brasil e Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia).

c) A declividade acentuada do Arroio Dilúvio favorece um rápido escoamento das águas e da terra que recebe de seus afluentes, sendo assim, o seu leito não necessita de processo de desassoreamento ou dragagem na manutenção e limpeza.

d) Este importante arroio da cidade recebe anualmente 50 mil metros cúbicos de terra e lixo em suas águas. Isso equivale a dez mil caminhões-caçamba cheios. Além disso, o arroio carrega ainda o esgoto cloacal de alguns bairros para o lago Guaíba.

e) A urbanização em toda extensão do Dilúvio favoreceu a aparição de alguns problemas como o assoreamento de algumas partes do arroio, o que possibilita em dias de chuva forte o seu transbordamento.

Gab: C

Questão 129)

Analise o quadro abaixo, que apresenta características de cinco sub-bacias hidrográficas que formam a região hidrográfica do Guaíba.

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Assinale a alternativa que apresenta o nome das sub-bacias hidrográficas que correspondem a I, II, III, IV e V, respectivamente.

a) Taquari, Baixo Jacuí, Pardo, Gravataí, Vacacaí.

b) Alto Jacuí, Caí, Sinos, Pardo, Gravataí.

c) Alto Jacuí, Pardo, Taquari, Caí, Pardo.

d) Baixo Jacuí, Vacacaí, Sinos, Pardo, Taquari.

e) Sinos, Vacacaí, Baixo Jacuí, Gravataí, Pardo, Caí.

Gab: B

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