Questão 88)
ASSINALE A(S) PROPOSIÇÃO(ÕES) correta(s) SOBRE A REDE URBANA CATARINENSE.
01. A partir do século XIX, principalmente com a colonização estrangeira, o território catarinense viu surgir uma série de núcleos urbanos diferenciados.
02. As cidades teuto-brasileiras do Vale do Itajaí tiveram um crescimento linear e radial ao longo dos eixos paralelos aos cursos d’água. Os antigos caminhos estruturam hoje o sistema viário destes municípios.
04. Desde seu surgimento, as cidades catarinenses sempre tiveram uma população rural menor que a população urbana.
08. Considerando a hierarquia urbana brasileira, as cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau e Chapecó, em função dos serviços e infraestrutura oferecidos, são classificadas como Capitais Regionais.
16. A migração urbana-urbana, sobretudo da população das cidades da Mesorregião Serrana em direção às cidades da Microrregião do Tabuleiro, contribuiu significativamente para o aumento da favelização.
32. As cidades catarinenses de Florianópolis, Joinville e São José são consideradas modernas, principalmente porque se especializaram em determinados setores da economia.
Gab: 43
Questão 89)
O processo de formação de cidades brasileiras esteve associado, entre outras situações, à existência de aldeamento indígena, estação de saúde, arraial de mineração, capela, forte, assentamento de imigrantes, rota de tropeiros ou, ainda, à construção de cidades planejadas.
Com base no mapa e em seus conhecimentos:
a) Preencha, no quadro presente na folha de respostas, a legenda correta para o mapa acima.
b) Identifique e explique duas razões para a construção de Brasília, capital do país, que é uma cidade planejada.
Gab:
a)
b) Dentre as razões que justificam a construção de Brasília destacam-se: a aspiração histórica de transferir a capital do litoral para o interior, por motivos de natureza geopolítica, relacionada, por exemplo, com a questão da defesa do território nacional; promover a interiorização do povoamento no país, já que historicamente verificou-se uma excessiva concentração demográfica na faixa litorânea; o intuito de impulsionar o desenvolvimento econômico do centro-oeste, por meio do desenvolvimento da estrutura de mercado e produtiva.
Questão 90)
Observe os gráficos a seguir.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio.
São Paulo: Atual, 2008. p. 227.
A análise dos gráficos permite inferir que:
a) a população rural na região Norte apresenta-se, no ano de 2000, com um contingente menor do que o da região Centro-Oeste, enquanto a população urbana mostra índices maiores no Centro-Oeste.
b) a população urbana na região Sudeste ultrapassa a rural, na década de 1960, enquanto nas demais isso ocorre a partir dos anos 1990.
c) no ano de 2000, o número da população urbana da região Norte é aproximadamente igual ao número da população rural da região Sudeste.
d) o crescimento da população rural nas regiões Norte e Centro-Oeste, até a década de 1960, mostra-se tímido e com predominância da população urbana.
Gab: C
Questão 91)
Em relação ao processo de urbanização e ao processo de terceirização, no Brasil, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
( ) A expansão urbana ocorreu de forma intensa e sem nenhuma preocupação com os ambientes naturais, provocando uma diminuição no bem-estar e na qualidade de vida nas cidades.
( ) A terceirização, processo característico do capitalismo planetário, reduz a margem de liberdade do trabalhador e os custos com a mão de obra e a matéria-prima.
( ) A urbanização de Brasília caracteriza-se pela descontinuidade de seu tecido metropolitano, como resultado do surgimento e da ampliação do meio técnico-científico-informacional.
( ) O crescimento urbano tem minimizado a exclusão e a desigualdade social, visto que as metrópoles passaram a oferecer maiores oportunidades de emprego informal e renda.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
01. V V V F
02. F V V F
03. V F F V
04. V F V F
05. F F V V
Gab: 01
Questão 92)
Observe o mapa e leia o fragmento apresentados a seguir.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2. ed. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo/Fundação do
Desenvolvimento da Educação, 1995. p. 139. [Adaptado].
Esquecemos da importância da vida urbana colonial. A história do Brasil tem sido contada como a de um país rural: plantadores de cana, criadores de gado e plantadores de café. Mas houve outra história, que permaneceu em grande parte esquecida: a história do Brasil urbano colonial. […]. Esquecemos que, nas várias regiões das minas, a população era predominantemente urbana, o que só voltaria a acontecer na segunda metade do século XX.
REIS FILHO, Nestor G. Imagens de vilas e cidades no Brasil colonial:
memória da vida urbana no Brasil colonial. In: MARQUES, Luiz. (Org.).
Descobrimento e colonização – Brasil 500 anos.
São Paulo: MASP, [s.d.]. p. 121.
Com base na leitura do mapa e do fragmento,
a) apresente e explique um fator econômico-social que influenciou, no século XVIII, a expansão da marcha de povoamento nas áreas que, atualmente, correspondem à região Norte.
b) apresente e explique uma característica que diferencie o papel das vilas e cidades nas áreas de mineração em relação às áreas de plantation, na vida urbana no século XVIII.
Gab:
a) O fator econômico-social responsável pela expansão, ocupação e fixação do povo nas áreas que, atualmente, constituem a região Norte, foi a exploração da borracha. Tal povoamento se deu de forma irregular conforme a ocorrência das seringueiras, mas também de acordo com a valorização da borracha no mercado internacional que funcionava como atrativo para os grandes contingentes de trabalhadores, como também fator de rarefação da população que acompanhava tal atividade.
b) As cidades portuárias não desapareceram no período do apogeu da mineração, mas houve criação e expansão da influência de cidades e vilas. Houve também transformações na dinâmica da população e na ocupação do território. A vida urbana era marcada pela intensa mobilidade horizontal (deslocamentos contínuos no espaço) da população na Colônia, por causa da extração do ouro. Nas áreas de mineração, onde as cidades e vilas tinham o papel de fiscalizar e controlar essa atividade, as esferas pública e privada da existência estavam muito imbricadas.
Nas áreas de plantation, as cidades portuárias e as vilas funcionavam como escoadoras da produção agrícola, mas as unidades produtoras mantinham-se em relativo isolamento se comparadas às áreas mineradoras, mantendo-se uma incipiente vida urbana de acentuado caráter privado.
Questão 93)
Examine a tabela.
Maiores metrópoles do mundo
(ONU, 2007.)
Os dados da tabela e os seus conhecimentos geográficos, permitem afirmar que as grandes metrópoles
a) costumam agregar num único corpo urbano unidades políticas menores, como no caso de São Paulo, cujo município principal é menor que a metrópole.
b) predominam em países de grande desenvolvimento econômico, gerando populações distribuídas de modo desigual pelo território.
c) situam-se em países de grande extensão territorial e também de elevada população, duas condições necessárias para suportá-las.
d) concentram grandes problemas funcionais, devido ao seu tamanho, fazendo com que seus espaços sejam de impossível administração.
e) não estão presentes em países de desenvolvimento econômico avançado, em função do eficiente planejamento urbano e das políticas de descentralização.
Gab: A
Questão 94)
Apesar de o país apresentar importantes cidades durante os séculos XVIII e XIX, a sociedade brasileira se urbanizou praticamente no século XX. O Brasil começou o século com 10% da população nas cidades e terminou com 81%. E, embora o processo de urbanização tenha ocorrido durante o regime republicano, o peso das heranças colonial e escravista é notável, também na formação das cidades.
MARICATO; Ermínia. O Ministério das Cidades e a política nacional
de desenvolvimento urbano. políticas sociais - acompanhamento e
análise |12| fev. 2006; IPEA / Brasília p.211.
Sobre os problemas decorrentes do processo de urbanização da sociedade brasileira, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O crescimento do setor de serviços nas grandes cidades tem contribuído para a diminuição do desemprego, proporcionando assim uma alternativa de trabalho para migrantes recém-chegados, procedentes do abandono da zona rural.
b) Em decorrência do descompasso entre o crescimento urbano e a oferta de transporte público adequado, a mobilidade nas cidades tornou-se um dos principais entraves à melhoria da qualidade de vida, tanto pela superlotação, quanto pelo custo e pelo tempo despendido.
c) O processo de favelização, oriundo da falta de acesso a moradia adequada nas cidades, tanto por carência econômica, quanto pela especulação imobiliária, criou bolsões de pobreza com dificuldade de acesso aos serviços urbanos essenciais.
d) A falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário provoca, principalmente nas áreas pobres das cidades, um agravamento das condições ambientais com graves consequências para a saúde da população ali residente.
Gab: A
Questão 95)
Considere as informações acerca do trânsito da capital paulista.
(Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo - Detran-SP)
Na capital, são 630 carros para cada mil habitantes e a duração do percurso de casa até o trabalho vem aumentando sensivelmente, atingindo o tempo médio de 50 minutos.
(O Estado de S. Paulo, 30.03.2011)
Pela leitura do gráfico e dos dados, pode-se concluir que
a) o aumento da frota de veículos se deve à adoção de um modelo de transporte individual resultante da ineficácia do transporte público.
b) o crescimento do número de veículos ficou estagnado no período entre 1998 e 2006, mas passou a crescer rapidamente a partir desse ano.
c) a abertura do mercado aos veículos importados é o fator responsável pelo crescimento da frota paulistana, geradora de congestionamentos.
d) os congestionamentos resultam da dinâmica interna da cidade de São Paulo e independem das relações entre as cidades da Região Metropolitana.
e) os congestionamentos não são consequência do tamanho da frota, pois são reflexos da ineficácia das leis de trânsito, geralmente muito ultrapassadas.
Gab: A
Questão 96)
Em um estudo, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) fez estimativas dos custos por passageiro transportado em diferentes meios de transporte, considerando um deslocamento urbano hipotético de sete quilômetros de extensão.
(1) Custo social: acidentes de trânsito e emissão de poluentes.
Outros custos: impostos, taxas, manutenção e depreciação.
Custo de desembolso (que é gasto pelo usuário): tarifas, no caso de ônibus; combustível, no caso de moto; combustível e estacionamento, no caso de autos.
(2) Outros custos são iguais a zero, pois se supõe que a tarifa paga pelo usuário cobre todos os custos da operação.
(http://portal1.antp.net/site/simob/Lists/csts_1003/rlt1.aspx Acesso em: 05.03.2011. Adaptado)
Com os dados disponíveis do estudo, observa-se que, por passageiro transportado, dos meios de transporte citados,
a) o automóvel é o que apresenta maior custo social.
b) a motocicleta é o que apresenta menor custo social.
c) o ônibus é o que apresenta menor custo de desembolso.
d) a moto e o automóvel apresentam custos sociais praticamente iguais.
e) o ônibus e o automóvel apresentam custos de desembolso praticamente iguais.
Gab: E
Questão 97)
Considere o esquema a seguir, que trata das relações entre as cidades em uma rede urbana atual, como um dos resultados do avanço da comunicação e da informática.
Relações entre as cidades em uma rede urbana (esquema atual)
A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que:
a) A rede urbana e a rede de serviços correspondentes em cada estágio citadino são reais apenas para a metrópole nacional.
b) É possível uma pessoa morar em uma cidade local e ter mais vínculos com a metrópole nacional do que com o centro regional.
c) A relação entre as cidades pode ser estabelecida com a metrópole regional, sem que ocorra a intermediação das cidades de menor aporte na rede urbana.
d) Um grupo de pessoas pode morar numa vila e buscar serviços no centro regional.
e) Essas inter-relações da hierarquia urbana atual são resultado do crescimento e das possibilidades de acesso às novas tecnologias.
Gab: A
Questão 98)
Observe o gráfico:
Aeroportos brasileiros em números
Capacidade (em milhões de passageiros/ano)
Fonte: Infraero e Secretaria da Aviação Civil (In: Folha de S. Paulo, 02/06/2011, p. B4)
A distribuição geográfica e os números desses aeroportos refletem
a) um condicionamento provocado pela geografia física litorânea, cujas características dificultam a instalação de infraestruturas rodoviárias.
b) novos investimentos na integração territorial do país, com a intensificação da circulação de passageiros entre o sudeste e o nordeste.
c) a primazia das cidades litorâneas no que se refere às infraestruturas aeroportuárias, ilustrada pelo aeroporto do Galeão.
d) as condições geográficas do interior do país onde a infraestrutura aeroportuária não se revelou muito necessária.
e) uma correspondência com a distribuição geográfica da riqueza econômica do país e com a concentração demográfica.
Gab: E
Questão 99)
Observe a imagem de satélite e o mapa a seguir:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_S%C3%A3o_Paulo)
A Primeira Macrometrópole do Hemisfério Sul
(O Estado de S. Paulo. Especial Megacidades, agosto de 2008. p.64)
Assinale a alternativa que apresenta informações corretas a respeito da urbanização brasileira.
a) A macrometrópole paulista foi criada por lei aprovada na Assembleia Legislativa estadual em 1973, razão pela qual assumiu a liderança econômica no estado em questão.
b) De acordo com os padrões estabelecidos pelo IBGE, as cidades de São Paulo e Campinas são consideradas megacidades por integrarem uma macrometrópole.
c) O que caracteriza o processo de metropolização é a distribuição da população e das atividades econômicas em inúmeras cidades, facilitando a formação de cidades denominadas milionárias.
d) As áreas urbanas que formam a macrometrópole paulista estão totalmente conurbadas, o que contribui para o seu elevado percentual no PIB do estado de São Paulo.
e) A macrometrópole paulista corresponde à área mais urbanizada do país e exerce papel de liderança nas economias estadual e nacional.
Gab: E
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