segunda-feira, 24 de maio de 2021

Jardins Verticais

 Fonte: Jardim vertical: 11 prédios incríveis que imitam a natureza (msn.com)

Jardim vertical, fazenda urbana e casa sustentável são termos em grande ascensão neste ano. A arquitetura sustentável deveria estar mais em alta ainda. Com as mudanças climáticas e o aquecimento global do planeta, cada item que pudermos melhorar em nossa casa é importante.


Muitos arquitetos tomaram esta batalha como sua e desenvolveram edifícios incrivelmente sustentáveis e com uma área verde significativa. São como um jardim vertical, mas de grandes proporções.

Veja a lista de prédios ecológicos

que o site Yanko Design elaborou. Um ainda está no papel. Mas um deles, já construído, está no Brasil!

© Fornecido por Decor Style

PARK ROYAL no Pickering Hotel por Woha Architects, na Singapura

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Vinícola Shilda na Geórgia por X-Architecture 

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The Rebel Residence, por Studioninedots & Delva, em Amsterdã, na Holanda

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Escritório Off The Grid por Stefan Mantu, na Romênia

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Trudo Vertical Forest, na Holanda, tem 125 apartamentos e cada um tem 50 metros quadrados, uma árvore, 20 plantas e 4 metros quadrados de terraço verde por Stefano Boeri Architetti 

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Casa por Studio MK27 – Marcio Kogan + Lair Reis em Porto Feliz, no Brasil 

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Bert, um módulo conceitual cuja forma lembra encanamento ou árvore ou ainda os Minions. Por Studio Precht 

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Torres inteligentes do futuro em Paris, por Vincent Callebaut 

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L’Oasis D’Aboukir é uma parede verde de 25 metros de altura projetada pelo botânico e pesquisador Patrick Blanc em Paris

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Vista áerea do A-Frames do Hilton Hotel em Hyderabad, na Índia, por Precht 

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BIONIC ARCH, uma floresta vertical para a prefeitura de Taichun, em Taiwan, por Vincent Callebaut Architectures

domingo, 23 de maio de 2021

El ninho Bravo!

 

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/25/internacional/1440534704_423397.html
Peru em estado de alerta por causa do fenômeno climático El Niño
Evento fez a temperatura do mar ultrapassar em mais de dois graus os valores normais
JACQUELINE FOWKS
Pescadores puxam uma rede cheia de anchovas, em 2012.
Pescadores puxam uma rede cheia de anchovas, em 2012.REUTERS
Diferentes níveis
MAIS INFORMAÇÕES
O aquecimento do mar provocaria  chuvas excessivas, inundações, deslizamentos de terra, erosão e dessalinização
Pesca afetada
AUMENTO DAS TEMPERATURAS
  • Nível moderado: as temperaturas do ar e da água sobem no máximo 1,7 graus.
  • Nível forte: o aumento fica entre 1,7 e três graus.
  • Extraordinário: o aquecimento supera os 3 graus.
  • A temperatura média da costa peruana é de 17 graus.
  • Se o mar atingir a temperatura de 26 graus em dezembro, com a chegada do verão, o Peru poderia sofrer inundações, deslizamentos de terra dessalinizações e erosão, segundo alertaram os cientistas.
  • 14 regiões foram declaradas em estado de emergência no mês de julho.

"O fenômeno está nos avisando com tempo suficiente, é difícil saber como isso vai acabar", disse o cientista peruano Ken Takahashi, coordenador técnico do Comitê Muiltissetorial de Estudo Nacional do Fenômeno El Niño (ENFEN), o órgão estatal especializado no assunto.

O fenômeno El Niño assola o Peru desde julho, quando 14 regiões foram declaradas em estado de emergência, o que permite planejar gastos não previstos no orçamento público para a limpeza e o desassoreamento dos rios do norte. O ENFEN avaliará na próxima sexta-feira a probabilidade de que o evento climático passe de "forte" a "extraordinário", o que teria consequências devastadoras a partir de dezembro –o verão austral–, como aconteceu em 1983 e 1997.

"O El Niño é um aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico. Provoca intensas chuvas e, embora seja um fenômeno recorrente, não é periódico em escala interanual", diz Takahashi. O especialista explica que o mar da costa peruana é frio para sua latitude (cerca de 17 graus, em média), devido aos ventos alísios que movimentam as correntes oceânicas. O fenômeno é considerado "moderado" quando o aumento da temperatura do ar e do mar é inferior a 1,7 graus; "forte" se oscila entre 1,7 e 3, e "extraordinário" se for superior a 3.

Se a partir de dezembro, quando o verão chegar ao Peru, a temperatura do mar atingir 26 graus, a densa camada de umidade e de ar frio que normalmente existe na costa peruana ascenderá, o que poderia desencadear, como aconteceu em anos anteriores, chuvas excessivas, inundações, deslizamentos de terra, erosão e dessalinização, explica Takahashi.

O coordenador técnico do ENFEN opina, no entanto, que o atual El Niño não é como nenhum dos fenômenos anteriores considerados fortes (1983 e 1997). "Neste ano existem condições para um El Niño extraordinário", afirma. Além disso, Takahashi esclareceu que a magnitude do fenômeno climático no Pacífico central (conhecido pelos cientistas como zona 3.4) pode ser diferente, mais ou menos intensa, do que na costa da América do Sul (zona chamada 1 + 2).

Talvez, para outros países, não seja tão importante tentar determinar a magnitude, mas não é o caso do Peru. O 14º relatório do ENFEN, divulgado na sexta-feira passada, também relata que o aumento da temperatura do mar causou uma mudança no padrão de reprodução da anchova, espécie marinha muito importante para a indústria da pesca do país, pois é o principal insumo para a produção de farinha de peixe.

Marilú Bouchon, funcionária do Instituto do Mar do Peru e membro do ENFEN, disse ao EL PAÍS que um cruzeiro começou um trabalho para informar, num período de 50 dias, como o evento climático pode afetar os recursos pesqueiros. Bouchon explicou, no entanto, que é normal que a anchova deixe de lado sua reprodução para buscar águas mais frias e proteger sua vida.

El ninho e La ninha

 

El niño e la niña

Fenômeno atmosférico-oceânico provoca inúmeras mudanças climáticas no Brasil e no mundo.

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El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

Derivada do espanhol, a palavra "El Niño" refere-se à presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru, na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de corrente El Niño, em referência ao Niño Jesus (Menino Jesus), isso pelo fato de que a ocorrência da ressurgência proporciona o acréscimo de peixe na superfície marítima.

Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1997 (Foto: Climatologia UFF)Variação em relação à temperatura média (Foto: Climatologia UFF)










Os ventos alísios empurram e empilham água quente superficial para o oeste. Nessa condição, a ressurgência, na costa oeste da América do Sul, traz à superfície água fria profunda com nutrientes, tornando a região uma das áreas mais piscosas do mundo. É importante destacar que a ressurgência não ocorre apenas com o fenômeno El Niño; ela também pode ocorrer em um litoral qualquer.

Esquema da ressurgência (Foto: Climatologia UFF)Esquema da ressurgência (Foto: Climatologia UFF)









A melhor maneira de se referir ao fenômeno El Niño é pelo uso da terminologia, que inclui as características oceânicas-atmosféricas, associadas ao aquecimento anormal do Oceano Pacífico Tropical.

O Enos, ou El Niño-Oscilação Sul, representa de forma mais genérica um fenômeno de interação atmosfera-oceano, associado a alterações dos padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e o Pacífico Oeste próximo à Austrália.

A La Niña também um fenômeno oceânico-atmosférico, mas com características opostas ao El Niño. Caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do oceano Pacífico Tropical, alterando o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

Pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño, porém como El Niño se refere ao menino Jesus, anti-El Niño seria o Diabo e, portanto, esse termo é pouco utilizado.

A célula de circulação com movimentos ascendentes no Pacífico Central/Ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul e com ventos de leste para oeste próximo à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera é a chamada Célula de Walker. A inclinação da Termoclima é vista mais rasa junto à costa oeste da América do Sul e mais profunda no Pacífico Ocidental.

Com os ventos alísios mais intensos, mais águas quentes irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos, a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental. Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal. Novamente teríamos águas mais quentes, que aumentam a evaporação e consequentemente os movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e a Célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal.

El Niño (Foto: Climatologia UFF)El Niño: efeitos no início do ano (Foto: Climatologia UFF)













Efeitos do El Niño no meio do ano (Foto: Climatologia UFF)Efeitos do El Niño no meio do ano (Foto: Climatologia UFF)












La Niña: efeitos no mundo (Foto: Climatologia UFF)La Niña: efeitos no mundo (Foto: Climatologia UFF)






Efeitos do La Niña (Foto: Climatologia UFF)Efeitos do La Niña (Foto: Climatologia UFF)

Especificamente em relação ao Brasil, seguem-se os principais impactos dos dois fenômenos:

Em relação ao El Niño, a Região Norte sofre com a diminuição das precipitações e secas, além do aumento do risco de incêndios florestais. Secas severas assolam a Região Nordeste. Não há evidencias de efeitos pronunciados nas chuvas na Região Centro-Oeste, no entanto, nota-se uma tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas no sul do MS.

Na Região Sudeste, ocorre um moderado aumento das temperaturas médias. Tem ocorrido substancial aumento das temperaturas neste inverno. Não há padrão característico de mudanças das chuvas. Por último, há precipitações abundantes, principalmente na primavera e chuvas intensas de maio a julho, além do aumento da temperatura média na Região Sul.

O fenômeno La Niña é responsável pelo aumento de precipitação e vazões de rios nas regiões Norte e Nordeste. O Centro-Oeste e o Sudeste são áreas com baixa previsibilidade sobre os efeitos. Por fim, a Região Sul costuma ser palco de severas secas.

Na América do Sul, El Niño provoca secas no Altipleno Peru-Bolívia, redução das precipitações na Colômbia e aumento da vazão dos rios no Noroeste do Peru e do Equador. Já La Niña castiga a Colômbia com precipitações intensas e enchentes, diminuição das chuvas no Uruguai e tendência de secas no Peru.


Fonte: http://educacao.globo.com/artigo/el-nino-e-la-nina.html


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