segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Novo NAFTA. Nafta 2.0 .




USMCA





GEOGRAFIAUSMCA é a sigla que corresponde ao acordo que renova o antigo tratado entre Estados Unidos, Canadá e México, o Nafta.
USMCA é a sigla em inglês para Acordo Estados Unidos – Mexico – Canadá.




Estados Unidos – México – Canadá, que substitui o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, o Nafta, que movimenta trilhão de dólares a cada ano. Esse acordo comercial é também conhecido como “Nafta 2.0” e foi assinado em 2018, depois de uma negociação iniciada em 2017.


Leia também: Acordo de Paris
O que é esse acordo?


O USMCA corresponde a um tratado de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México que moderniza o antigo acordo, chamado Nafta, que vigorava desde 1994. A renovação do acordo foi oficializada pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; o presidente do México, Enrique Peña Nieto; e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, durante a Cúpula do G20, em Buenos Aires, na Argentina.


O acordo foi fechado primeiramente de forma bilateral entre Estados Unidos e México. Após longas negociações, o Canadá, por meio de seu primeiro-ministro, mostrou satisfação com as mudanças propostas e decidiu participar do acordo.


Veja também: OCDE








Motivação e objetivo do USMCA


A renovação do acordo comercial entre as três nações foi um pedido de Donald Trump, que alegava enxergar prejuízos para os setores econômicos dos Estados Unidos. Esses prejuízos teriam sido gerados por déficits no comércio entre os Estados Unidos e o México e isso provocou a perda de milhões de empregos no território estadunidense.


Acreditando que o Nafta fez com que o comércio dos Estados Unidos se tornasse menos competitivo, fazendo com que o país perdesse indústrias para os demais, Trump, ao propor a renovação, pretendia proteger o mercado estadunidense e liberalizar os demais. Assim, o principal objetivo da substituição do acordo pauta-se no protecionismo dos Estados Unidos, propondo um mercado “mais livre”, um comércio mais seguro que favoreça o crescimento econômico.
USMCA X Nafta


O USMCA é um acordo que substitui o Nafta.


O Nafta, acordo comercial da América do Norte, representou, durante vinte e quatro anos, um tratado que representava o livre comércio entre Estados Unidos, Canadá, México e o Chile, como país associado. Ratificado em 1993, esse acordo tinha como objetivo facilitar o comércio entre os países que o aderiram, removendo algumas restrições comerciais sem atropelar as leis internas de cada nação.


Ao contrário de alguns outros acordos, como a União Europeia, o Nafta não permitia a livre circulação de pessoas, mas sim de bens e produtos, findando as barreiras comerciais entre os países e unindo seus interesses a fim de ampliar o mercado e aumentar a produtividade.


Os principais objetivos do Nafta eram:




Reduzir as barreiras alfandegárias, no que tangem às taxas cobradas em relação aos produtos importados;




Favorecer a circulação dos bens e serviços entre os países;




Promover o aumento das oportunidades de investimento entre os países;




Proteger a propriedade intelectual dentro de cada território;




Oferecer condições justas para uma competição na área de livre comércio.


O Nafta, em todo o período em que esteve em vigor, sofreu diversas críticas apesar de movimentar a economia entre seus países-membros. É bom ressaltar que há uma enorme disparidade econômica entre esses países. A economia mexicana é bastante dependente da economia estadunidense e muitos acreditavam que esse acordo intensificava ainda mais essa dependência.


Outro problema refere-se à questão das uniões trabalhistas do México, que são contra o acordo por acreditarem que os Estados Unidos ficam em vantagem quanto aos preços dos produtos agrícolas produzidos no México.


Por outro lado, os Estados Unidos acreditavam que sua economia estava sendo prejudicada, visto que muitas indústrias deslocaram-se para o Canadá e para o México devido aos atrativos econômicos em relação aos baixos impostos cobrados nessas áreas e a mão de obra mais barata. Os canadenses, por fim, criticavam o fato de que a parceria comercial com os Estados Unidos por vezes limitava o comércio com outros países.


Para saber mais, acesse: Nafta.
O que muda?


O presidente Donald Trump propôs algumas mudanças em relação ao acordo comercial, estabelecendo regras para o comércio entre os países que, segundo ele, revolucionaria as três nações, garantindo inovação e prosperidade. As principais mudanças ocorridas em relação ao antigo acordo, o Nafta, agora então renovado pelo USMCA, são:










Nome






O antigo acordo, denominado de Nafta, agora dá lugar ao USMCA.












Setor automotivo


O novo acordo pretende impedir que indústrias transfiram-se para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos por trabalhadores que recebam em média 16 dólares por hora.












Setor de laticínios


O Canadá concordou em diminuir as barreiras no setor de laticínios, já que o governo dos Estados Unidos classificava a proteção dos produtos lácteos injusta com altas tarifas de importação. Assim, amplia-se o mercado de laticínios entre Canadá e Estados Unidos.




Validade do acordo


Ao contrário do Nafta, que não possuía tempo determinado para estar em vigor, o USMCA deixará de vigorar em dezesseis anos, portanto, estabeleceu-se uma cláusula de validade.








Propriedade intelectual


A proteção da propriedade intelectual já existia. O novo acordo propôs o aumento dessa proteção, oferecendo-a a farmacêuticos e inovadores agrícolas. Essa proteção estende-se também aos direitos autorais de escritores e compositores.








Comércio eletrônico


O USMCA veta os direitos aduaneiros para os produtos distribuídos digitalmente, como jogos e livros eletrônicos.








Por Rafaela Sousa
Graduada em Geografia


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Jardins Verticais

 Fonte: Jardim vertical: 11 prédios incríveis que imitam a natureza (msn.com)

Jardim vertical, fazenda urbana e casa sustentável são termos em grande ascensão neste ano. A arquitetura sustentável deveria estar mais em alta ainda. Com as mudanças climáticas e o aquecimento global do planeta, cada item que pudermos melhorar em nossa casa é importante.


Muitos arquitetos tomaram esta batalha como sua e desenvolveram edifícios incrivelmente sustentáveis e com uma área verde significativa. São como um jardim vertical, mas de grandes proporções.

Veja a lista de prédios ecológicos

que o site Yanko Design elaborou. Um ainda está no papel. Mas um deles, já construído, está no Brasil!

© Fornecido por Decor Style

PARK ROYAL no Pickering Hotel por Woha Architects, na Singapura

© Fornecido por Decor Style

Vinícola Shilda na Geórgia por X-Architecture 

© Fornecido por Decor Style

The Rebel Residence, por Studioninedots & Delva, em Amsterdã, na Holanda

© Fornecido por Decor Style

Escritório Off The Grid por Stefan Mantu, na Romênia

© Fornecido por Decor Style

Trudo Vertical Forest, na Holanda, tem 125 apartamentos e cada um tem 50 metros quadrados, uma árvore, 20 plantas e 4 metros quadrados de terraço verde por Stefano Boeri Architetti 

© Fornecido por Decor Style

Casa por Studio MK27 – Marcio Kogan + Lair Reis em Porto Feliz, no Brasil 

© Fornecido por Decor Style

Bert, um módulo conceitual cuja forma lembra encanamento ou árvore ou ainda os Minions. Por Studio Precht 

© Fornecido por Decor Style

Torres inteligentes do futuro em Paris, por Vincent Callebaut 

© Fornecido por Decor Style

L’Oasis D’Aboukir é uma parede verde de 25 metros de altura projetada pelo botânico e pesquisador Patrick Blanc em Paris

© Fornecido por Decor Style

Vista áerea do A-Frames do Hilton Hotel em Hyderabad, na Índia, por Precht 

© Fornecido por Decor Style

BIONIC ARCH, uma floresta vertical para a prefeitura de Taichun, em Taiwan, por Vincent Callebaut Architectures

domingo, 23 de maio de 2021

El ninho Bravo!

 

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/25/internacional/1440534704_423397.html
Peru em estado de alerta por causa do fenômeno climático El Niño
Evento fez a temperatura do mar ultrapassar em mais de dois graus os valores normais
JACQUELINE FOWKS
Pescadores puxam uma rede cheia de anchovas, em 2012.
Pescadores puxam uma rede cheia de anchovas, em 2012.REUTERS
Diferentes níveis
MAIS INFORMAÇÕES
O aquecimento do mar provocaria  chuvas excessivas, inundações, deslizamentos de terra, erosão e dessalinização
Pesca afetada
AUMENTO DAS TEMPERATURAS
  • Nível moderado: as temperaturas do ar e da água sobem no máximo 1,7 graus.
  • Nível forte: o aumento fica entre 1,7 e três graus.
  • Extraordinário: o aquecimento supera os 3 graus.
  • A temperatura média da costa peruana é de 17 graus.
  • Se o mar atingir a temperatura de 26 graus em dezembro, com a chegada do verão, o Peru poderia sofrer inundações, deslizamentos de terra dessalinizações e erosão, segundo alertaram os cientistas.
  • 14 regiões foram declaradas em estado de emergência no mês de julho.

"O fenômeno está nos avisando com tempo suficiente, é difícil saber como isso vai acabar", disse o cientista peruano Ken Takahashi, coordenador técnico do Comitê Muiltissetorial de Estudo Nacional do Fenômeno El Niño (ENFEN), o órgão estatal especializado no assunto.

O fenômeno El Niño assola o Peru desde julho, quando 14 regiões foram declaradas em estado de emergência, o que permite planejar gastos não previstos no orçamento público para a limpeza e o desassoreamento dos rios do norte. O ENFEN avaliará na próxima sexta-feira a probabilidade de que o evento climático passe de "forte" a "extraordinário", o que teria consequências devastadoras a partir de dezembro –o verão austral–, como aconteceu em 1983 e 1997.

"O El Niño é um aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico. Provoca intensas chuvas e, embora seja um fenômeno recorrente, não é periódico em escala interanual", diz Takahashi. O especialista explica que o mar da costa peruana é frio para sua latitude (cerca de 17 graus, em média), devido aos ventos alísios que movimentam as correntes oceânicas. O fenômeno é considerado "moderado" quando o aumento da temperatura do ar e do mar é inferior a 1,7 graus; "forte" se oscila entre 1,7 e 3, e "extraordinário" se for superior a 3.

Se a partir de dezembro, quando o verão chegar ao Peru, a temperatura do mar atingir 26 graus, a densa camada de umidade e de ar frio que normalmente existe na costa peruana ascenderá, o que poderia desencadear, como aconteceu em anos anteriores, chuvas excessivas, inundações, deslizamentos de terra, erosão e dessalinização, explica Takahashi.

O coordenador técnico do ENFEN opina, no entanto, que o atual El Niño não é como nenhum dos fenômenos anteriores considerados fortes (1983 e 1997). "Neste ano existem condições para um El Niño extraordinário", afirma. Além disso, Takahashi esclareceu que a magnitude do fenômeno climático no Pacífico central (conhecido pelos cientistas como zona 3.4) pode ser diferente, mais ou menos intensa, do que na costa da América do Sul (zona chamada 1 + 2).

Talvez, para outros países, não seja tão importante tentar determinar a magnitude, mas não é o caso do Peru. O 14º relatório do ENFEN, divulgado na sexta-feira passada, também relata que o aumento da temperatura do mar causou uma mudança no padrão de reprodução da anchova, espécie marinha muito importante para a indústria da pesca do país, pois é o principal insumo para a produção de farinha de peixe.

Marilú Bouchon, funcionária do Instituto do Mar do Peru e membro do ENFEN, disse ao EL PAÍS que um cruzeiro começou um trabalho para informar, num período de 50 dias, como o evento climático pode afetar os recursos pesqueiros. Bouchon explicou, no entanto, que é normal que a anchova deixe de lado sua reprodução para buscar águas mais frias e proteger sua vida.

El ninho e La ninha

 

El niño e la niña

Fenômeno atmosférico-oceânico provoca inúmeras mudanças climáticas no Brasil e no mundo.

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El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

Derivada do espanhol, a palavra "El Niño" refere-se à presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru, na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de corrente El Niño, em referência ao Niño Jesus (Menino Jesus), isso pelo fato de que a ocorrência da ressurgência proporciona o acréscimo de peixe na superfície marítima.

Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1997 (Foto: Climatologia UFF)Variação em relação à temperatura média (Foto: Climatologia UFF)










Os ventos alísios empurram e empilham água quente superficial para o oeste. Nessa condição, a ressurgência, na costa oeste da América do Sul, traz à superfície água fria profunda com nutrientes, tornando a região uma das áreas mais piscosas do mundo. É importante destacar que a ressurgência não ocorre apenas com o fenômeno El Niño; ela também pode ocorrer em um litoral qualquer.

Esquema da ressurgência (Foto: Climatologia UFF)Esquema da ressurgência (Foto: Climatologia UFF)









A melhor maneira de se referir ao fenômeno El Niño é pelo uso da terminologia, que inclui as características oceânicas-atmosféricas, associadas ao aquecimento anormal do Oceano Pacífico Tropical.

O Enos, ou El Niño-Oscilação Sul, representa de forma mais genérica um fenômeno de interação atmosfera-oceano, associado a alterações dos padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e o Pacífico Oeste próximo à Austrália.

A La Niña também um fenômeno oceânico-atmosférico, mas com características opostas ao El Niño. Caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do oceano Pacífico Tropical, alterando o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

Pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño, porém como El Niño se refere ao menino Jesus, anti-El Niño seria o Diabo e, portanto, esse termo é pouco utilizado.

A célula de circulação com movimentos ascendentes no Pacífico Central/Ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul e com ventos de leste para oeste próximo à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera é a chamada Célula de Walker. A inclinação da Termoclima é vista mais rasa junto à costa oeste da América do Sul e mais profunda no Pacífico Ocidental.

Com os ventos alísios mais intensos, mais águas quentes irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos, a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental. Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal. Novamente teríamos águas mais quentes, que aumentam a evaporação e consequentemente os movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e a Célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal.

El Niño (Foto: Climatologia UFF)El Niño: efeitos no início do ano (Foto: Climatologia UFF)













Efeitos do El Niño no meio do ano (Foto: Climatologia UFF)Efeitos do El Niño no meio do ano (Foto: Climatologia UFF)












La Niña: efeitos no mundo (Foto: Climatologia UFF)La Niña: efeitos no mundo (Foto: Climatologia UFF)






Efeitos do La Niña (Foto: Climatologia UFF)Efeitos do La Niña (Foto: Climatologia UFF)

Especificamente em relação ao Brasil, seguem-se os principais impactos dos dois fenômenos:

Em relação ao El Niño, a Região Norte sofre com a diminuição das precipitações e secas, além do aumento do risco de incêndios florestais. Secas severas assolam a Região Nordeste. Não há evidencias de efeitos pronunciados nas chuvas na Região Centro-Oeste, no entanto, nota-se uma tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas no sul do MS.

Na Região Sudeste, ocorre um moderado aumento das temperaturas médias. Tem ocorrido substancial aumento das temperaturas neste inverno. Não há padrão característico de mudanças das chuvas. Por último, há precipitações abundantes, principalmente na primavera e chuvas intensas de maio a julho, além do aumento da temperatura média na Região Sul.

O fenômeno La Niña é responsável pelo aumento de precipitação e vazões de rios nas regiões Norte e Nordeste. O Centro-Oeste e o Sudeste são áreas com baixa previsibilidade sobre os efeitos. Por fim, a Região Sul costuma ser palco de severas secas.

Na América do Sul, El Niño provoca secas no Altipleno Peru-Bolívia, redução das precipitações na Colômbia e aumento da vazão dos rios no Noroeste do Peru e do Equador. Já La Niña castiga a Colômbia com precipitações intensas e enchentes, diminuição das chuvas no Uruguai e tendência de secas no Peru.


Fonte: http://educacao.globo.com/artigo/el-nino-e-la-nina.html


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