sábado, 8 de outubro de 2016

Questões Exercícios ENEM - População 36

Questão 237)

Leia o texto abaixo:

Quinze filhos e um quarto

O metalúrgico baiano José Manuel de Jesus e sua mulher , a costureira Altair, tiveram quinze filhos.

“Depois do sexto, tentei fazer laqueadura, mas o médico disse que aos 27 anos, eu era nova para ser esterilizada”, conta Altair. O orçamento apertado fez com que a família dormisse em um único cômodo durante vinte anos. Manuela, a filha mais velha, decidiu não repetir a história dos pais. Depois que o segundo filho nasceu, seu marido fez uma vasectomia. “Passei necessidades na infância. Seria burrice fazer o mesmo com meus filhos”, diz. Os irmãos de Manuela que já se casaram tiveram apenas um filho.

Revista Veja, julho 2008

Em 1960, a taxa de fecundidade da população brasileira era de 6,3 filhos por mulher. Em 2008, essa taxa cai para 1,8 filhos, segundo o IBGE. Uma das causas dessa redução é:

a) a desconcentração da renda da população brasileira;

b) a redução do uso de contraceptivos entre a população adulta;

c) a difusão das informações causada pela urbanização;

d) o aumento do número de mulheres no conjunto da população;

e) o aumento do uso de contraceptivos entre os adolescentes.

Gab: C

Questão 238)

Entre as décadas de 60 e 90, as capitais brasileiras registraram uma redução significativa dos óbitos provocados por infecções parasitárias e o aumento de mortes causadas por doenças do aparelho circulatório. O aumento dos óbitos causados por doenças do aparelho circulatório tem como causas principais:

a) a mudança nos padrões alimentares e a contaminação dos mananciais urbanos;

b) a sedentarização do homem urbano e a melhoria dos serviços de saneamento básico;

c) o incentivo à prática de esportes e o aumento do consumo de “Fast Food”;

d) a dupla jornada de trabalho e as precárias condições de habitação;

e) o aumento do consumo de gorduras polisaturadas e o estresse urbano.

Gab: E

Questão 239)

Observe a notícia a seguir para responder à questão.

Quase 20 milhões de pessoas migraram entre as grandes regiões do Brasil em 2007, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados da pesquisa mostram ainda que quase toda a população do ____ I___ (97,2%) e do ____ II___ (94%) é formada de pessoas que nasceram na região onde moram. Já o ___I_I_I___, de povoamento regional tardio, tem apenas 69,7% de população nativa.

(noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/09/24/ult5772u863.jhtm)

Com base nos conhecimentos sobre os fluxos migratórios inter-regionais no Brasil, pode-se afirmar que I, II e III correspondem, respectivamente, às regiões

a) Sudeste … Nordeste … Norte

b) Norte … Centro-Oeste … Sudeste

c) Sul … Sudeste … Centro-Oeste

d) Centro-Oeste … Norte … Nordeste

e) Nordeste … Sul … Centro-Oeste

Gab: E

Questão 240)

Observe a figura a seguir.

Cartaz de incentivo à emigração japonesa para o Brasil

clip_image002

Em 28 de abril de 1908, 781 pessoas saíram de Kobe, no Japão, a bordo do navio Kasatu Maru, chegando ao porto de Santos, São Paulo, em 18 de junho de 1908. Essa viagem simboliza o início da emigração japonesa para o nosso país e foi apenas a primeira de muitas que se seguiram.

Com relação à migração japonesa, é INCORRETO afirmar que

a) a era Meiji, no Japão, foi marcada por uma série de mudanças positivas, no entanto o novo sistema também causou concentração da renda e da posse da terra, deixando à margem do processo produtivo grande parte da população camponesa. Essa crise estrutural incentivou a emigração japonesa para o Brasil.

b) o presidente Floriano Peixoto promulgou a lei que permitiu a imigração asiática para o Brasil, em 1892, devido à necessidade de mão-de-obra para as lavouras de café, que se expandiam no oeste paulista.

c) começou a haver, em meados dos anos de 1980, uma inversão no processo migratório entre Brasil e Japão. Brasileiros descendentes de japoneses em busca de trabalho e renda iniciou a jornada de volta à terra dos ancestrais. O Japão só os aceita como mão-de-obra sem cidadania.

d) a entrada do Brasil na Segunda Guerra intensificou a censura e a repressão política aos imigrantes, particularmente japoneses, italianos e alemães. Esses imigrantes enfrentaram restrições, muitas famílias tiveram os laços rompidos com parentes no Japão, os bens confiscados e chegaram a ser enviados a campos de detenção.

e) os japoneses se adaptaram facilmente ao idioma, aos hábitos alimentares, ao clima, ao vestuário, etc., não sofrendo choques culturais no Brasil. Graças a essa adaptação foi descartado qualquer plano de regresso à terra natal.

f) I.R.

Gab: E

Questão 241)

Neste ano, comemora-se o centenário do nascimento do médico e geógrafo pernambucano Josué de Castro.

Em sua principal obra, Geografia da Fome editada em 1946, Josué de Castro aponta as questões sociais como as principais causadoras da grave realidade, em termos de nutrição, em que se encontrava parcela expressiva da população do Brasil e, em especial, do Norte e Nordeste do país. Mais recentemente a Pesquisa Nacional sobre a Saúde da Mulher e da Criança (PNDS 2008) atualizou este quadro. Segundo o estudo, a parcela de crianças de até 5 anos que sofrem de desnutrição crônica caiu de 13%(em 1996) para 7%(em 2008). Entre as crianças nordestinas, a taxa de desnutrição diminuiu de 22% para 5,7% e na Região Norte de 17% para 15%.

Identifique e analise a coluna da tabela que demonstra a persistente gravidade da situação de pobreza no Norte e Nordeste, apontando dois fatores responsáveis por essa persistência.

Algumas causas de óbitos e sua participação sobre o total no Brasil – 2005.

clip_image004

Fonte: Adaptado de (1) Ministério da Saúde/

SVS; (2) Cruz e Batituci, 2007.

Gab:

A coluna que trata dos óbitos infantis por doenças infecciosas e parasitárias é aquela que demonstra claramente as persistentes condições de pobreza em que vive boa parcela da população do Norte e Nordeste do Brasil. Nela ficam evidenciados altos percentuais de morte de crianças, em comparação ao restante do país. Este tipo de óbito é bastante revelador de condições de pobreza tendo em vista os fatores aos quais está ligado. Destacam-se, entre outros: as precárias condições de saneamento básico; a desassistência para com a saúde da mulher e da criança bem como a deficiência dos serviços de saúde publica; o baixo nível de escolaridade das mães que por sua vez repercute fortemente sobre a saúde da criança; as deficiências de cobertura nas campanhas de vacinação.

Questão 242)

Observe o gráfico.

POPULAÇÃO BRASILEIRA NO PERÍODO1992-2002 (EM MILHÕES).

clip_image006

(IBGE, 2004. Adaptado.)

a) Compare a base e o topo nos anos de 1992 e 2002.

b) Comente a situação das mulheres e dos homens nas faixas etárias de 20 a 24 anos e de 30 a 34 anos.

Gab:

a) Comparando-se a base e o topo da pirâmide demográfica brasileira nos anos de 1992 e de 2002, verifica-se que ocorreu uma inversão na participação dos grupos etários.

Se considerarmos como base da pirâmide as três primeiras faixas (0 a 4; 5 a 9; 10 a 14), observamos que os contingentes desses grupos etários, em 1992, eram maiores do que os de 2002. Em todos os outros grupos de idade observamos uma situação contrária, ou seja, os respectivos contingentes demográficos em 1992 eram inferiores aos de 2002, com essa diferença atingindo seu máximo no topo da pirâmide, especialmente na faixa de 70 anos ou mais.

b) Observando-se as faixas etárias de 20 a 24 anos e de 30 a 34 anos, é possível perceber — especialmente nos dados referentes a 2002 — uma sensível superioridade do contingente de mulheres em relação ao de homens. Uma das razões para essa diferença está no alto índice de mortalidade de jovens do sexo masculino, relacionado com a violência urbana e com acidentes de trânsito.

Questão 243)

A massificação do desemprego no Brasil, principalmente a partir da década de 1990, é decorrente de vários fatores. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Desindustrialização no começo da década de 1990, devido à abertura comercial.

b) Internalização da revolução tecnológica, poupadora de mão de obra.

c) Envelhecimento da população, com a diminuição de trabalhadores a procura de emprego.

d) Baixo crescimento econômico e pequena taxa de investimento.

e) Privatização e sucateamento dos serviços públicos, com diminuição do emprego público.

Gab: C

Questão 244)

Segundo se observa no mapa, as direções dos fluxos migratórios prevalecentes no Brasil em 1990 podem ser explicadas por fatores como

clip_image008

(Fonte: ROSS, J. (org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996, p. 522)

a) a intensa mecanização do campo na região amazônica, demandando força-de-trabalho melhor qualificada proveniente do Centro-Sul e do Nordeste.

b) a criação de grandes zonas industriais em Manaus, Santarém, Porto Velho e Belém, somada à expansão da agropecuária mecanizada no resto do país.

c) a implantação de pequenos e médios projetos extrativistas e ferroviários na Amazônia e a proletarização em massa de trabalhadores rurais e urbanos no Centro-Sul.

d) o prosseguimento da reforma agrária no país e o êxodo rural dos trabalhadores dos movimentos sociais do campo para a frente pioneira urbana na Amazônia.

e) a modernização agrícola e a expropriação camponesa no Centro-Sul e no Nordeste e as políticas de incentivo agropecuário e mineral no Centro-Oeste e na Amazônia.

Gab: E

Questão 245)

Em junho de 2008, comemorou-se o centenário da imigração japonesa para o Brasil. Em 18.06.1908 o navio Kasato Maru aportou em Santos, SP, trazendo 781 japoneses, que compunham a primeira leva de imigrantes. Observe os gráficos.

BRASIL E JAPÃO – DADOS DEMOGRÁFICOS EM 1908 E 2008.

clip_image010

(Ministério do Interior e Comunicações do Japão; IBGE – Estatísticas do

Século XX e Organização da Nações Unidas, 2008.)

Utilizando seus conhecimentos, assinale a alternativa que indica causas que contribuíram para reforçar os acordos nipo-brasileiros no início do século XX e a direção atual do fluxo migratório.

a) Elevada densidade populacional no Japão; menor população e escassez de mão-de-obra agrícola no Brasil; inversão do fluxo com brasileiros, descendentes ou não de japoneses, emigrando para o Japão.

b) Acelerado processo de urbanização no Japão; menor população e escassez de mão-de-obra industrial no Brasil; manutenção do fluxo, exclusivamente com japoneses altamente qualificados imigrando para o Brasil.

c) Cobrança de impostos elevados no Japão; abolição da escravatura no Brasil; interrupção total do fluxo migratório entre os dois países.

d) Política de privilégios para o primogênito no Japão; baixa esperança de vida e escassez de mão-de-obra industrial no Brasil; inversão do fluxo, exclusivamente com descendentes de japoneses emigrando para o Japão.

e) População muito maior no Japão; densidade populacional elevada com grande expansão urbana no Brasil; aumento do fluxo em mais do que o dobro, exclusivamente com brasileiros natos emigrando para o Japão.

Gab: A

Questão 246)

Leia o texto a seguir.

Nas décadas de 1950 e 1960, a maior parte dos países subdesenvolvidos registrou taxas elevadas de incremento populacional. No Brasil, as taxas de crescimento populacional batiam recordes históricos, projetando a duplicação da população a cada 25 anos. Entretanto, desde a década de 1970, a população brasileira vem crescendo em ritmos cada vez mais lentos.

(Demétrio Magnoli e Regina Araújo, A Nova Geografia)

Pode-se atribuir, como principal causa da diminuição do crescimento vegetativo no Brasil

a) a melhoria das condições de vida da população, refletindo o aumento da expectativa de vida.

b) a diminuição das taxas de natalidade e aumento da mortalidade, em especial nas zonas rurais.

c) os baixos índices das taxas de mortalidade infantil, visíveis em todas as regiões do país.

d) a queda da taxa de fecundidade em todas as regiões do país, ainda que em ritmos diferentes.

e) a contenção das altas taxas de mortalidade, devido às conquistas recentes na prevenção de doenças.

Gab: D

Questão 247)

O IDH, criado no início da década de 90 para o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), combina três dimensões básicas do desenvolvimento humano: longevidade, educação, renda. O cálculo do IDH-M é uma adaptação do cálculo do IDH de países focalizando o município. Analise a tabela:

clip_image012

(Dados do IBGE. Aplicativo Brasil Hoje. Cenpec/FIS/UNICEF)

De acordo com a tabela, pode-se afirmar que

a) a expectativa de vida no município de Brejetuba é a dimensão que aumenta o IDH nesse município.

b) a dimensão “renda” é a determinante para a definição do IDH de um município.

c) as dimensões “renda” e “longevidade” determinam o desempenho da educação dos municípios.

d) Veranópolis apresenta a maior expectativa de vida, porém a dimensão “renda” é que lhe garante o melhor IDH-M.

e) Autazes é o município que apresenta o maior equilíbrio entre as dimensões que formam o IDH-M.

Gab: A

Questão 248)

A renda per capita, um dos indicadores que permitem analisar o grau de desenvolvimento de um país, é calculada a partir da divisão do PNB do país pela sua população. Porém, por se tratar de uma média, a renda per capita esconde disparidades na distribuição da renda. A renda per capita do município segue a mesma lógica. Relacionando os dados da tabela, pode-se perceber que o município de

clip_image014

(Dados do IBGE. Aplicativo Brasil Hoje. Cenpec/FIS/UNICEF)

a) Jundiaí apresenta as piores taxas de distribuição de renda.

b) Vinhedo apresenta as maiores possibilidades de ter uma população com maior poder aquisitivo.

c) Campinas apresenta taxas de distribuição de renda superiores às de Jundiaí.

d) Campinas apresenta taxas de concentração de renda proporcionalmente elevadas.

e) Cajamar apresenta o maior número de pessoas em estado de pobreza e a pior renda per capita em relação aos demais municípios.

Gab: B

TEXTO: 9 - Comum à questão: 249

Observe o mapa abaixo.

clip_image016

Questão 249)

Tendo como referência os volumes populacionais e sua distribuição geográfica, pode ser dito que:

a) houve enorme concentração populacional em alguns municípios da faixa atlântica, o que indica a existência de grandes cidades.

b) há grande representatividade dos municípios médios de um modo geral e, em especial, no norte do território.

c) há grande concentração populacional no Sudeste, embora não haja nenhum município que se destaque particularmente.

d) há concentração em certas partes do território, porém os contingentes dos municípios mais populosos não chegam a ser expressivos.

e) à exceção do sudeste brasileiro, não há nas outras regiões municípios que alcancem os dois milhões de habitantes.

Gab: A

Questão 250)

Analise as afirmações a seguir, classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).

I. Desde o início do século XXI, o crescimento da população brasileira tem sido crescente, o que viabiliza o preenchimento dos denominados vazios demográficos no território brasileiro.

II. Os índices populacionais brasileiros, divulgados no Censo de 2000, apresentam reduções da taxa de crescimento vegetativo e, em relação à economia, apresentam crescimento do setor terciário.

III. Migrações, conflitos internos e externos, problemas ambientais e de saúde pública são elementos que contribuem com as mudanças ou distorções nas pirâmides etárias em diversos países e regiões.

IV. A fome e a miséria no Brasil são conseqüências diretas da diminuição da população rural devido, tão somente, à mecanização no/do campo.

São verdadeiras as afirmações

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) III e IV, apenas.

d) I, II, III e IV.

Gab: B

Questão 251)

Sobre a dinâmica do crescimento populacional cearense, analise as afirmações a seguir:

I. A distribuição irregular da população cearense se deve, entre outros fatores, a condicionantes econômicos e sociais históricos definidos em função da História de cada lugar.

II. O crescimento populacional cearense vem diminuindo, acompanhando a realidade dos Estados da Região Nordeste, e se deve principalmente a diminuição do número de filhos por mulher, durante seu período fértil (em média de 15 a 49 anos) e à participação feminina no mercado de trabalho.

III. O aumento da taxa de mortalidade infantil e o óbito de gestantes explicam a realidade cearense quanto à redução do ritmo de crescimento populacional.

É correto o que se afirma

a) apenas em I e III.

b) apenas em I e II.

c) apenas em II e III.

d) em I, II e III.

Gab: B

Questão 252)

Sobre as migrações ocorridas no Brasil, ao longo de sua história, é correto afirmar:

01. A região que, atualmente, apresenta o mais forte movimento de evasão populacional é a Centro-Oeste, em função da estagnação econômica e da precariedade da estrutura viária.

02. Os movimentos migratórios têm provocado a inchação das pequenas e médias cidades, e a explosão demográfica é uma realidade.

03. A migração de retorno é um movimento de população relativamente novo e, no Nordeste, ela se acentuou na última década.

04. Os estados do Pará, Acre e Roraima, na Região Norte, apresentam saldo migratório negativo, pois o esgotamento das reservas minerais fez desses estados áreas de repulsão populacional.

05. O desenvolvimento da agricultura nordestina, a partir das culturas irrigadas, foi responsável pelo declínio do êxodo rural, porque a PEA passou a ser totalmente absorvida por essa atividade.

Gab: 03

Questão 253)

Sobre o crescimento da população brasileira, é correto afirmar que:

a) A variação nas taxas de natalidade e de mortalidade não refletiu no crescimento da população.

b) Não houve uma redução gradual nas taxas de fecundidade, ou seja, da redução do número de filhos por mulher.

c) A inserção da mulher no mercado de trabalho permitiu que as famílias aumentassem o número de filhos em razão das facilidades em educar.

d) Todas as Unidades da Federação entre 1980 e 2000 tiveram um aumento de população, em alguns casos chegando a triplicar como aconteceu com o Acre.

e) Entre o primeiro recenseamento oficial do Brasil, realizado em 1872, até o Censo de 2000, verificou-se o aumento constante da população brasileira, que chegou a crescer dez vezes no século XX (1901-2000).

Gab: E

Questão 254)

Os conhecimentos sobre população, crescimento, distribuição e estrutura etária do Brasil e do mundo permitem afirmar:

01. A concentração populacional na porção ocidental do Brasil está relacionada, somente, a fatores históricos.

02. A distribuição da população no espaço geográfico está relacionada a fatores físicos, históricos e socioeconômicos.

03. O fato de uma área ser densamente povoada significa que ela é superpovoada.

04. A Revolução Sanitária, ocorrida mundialmente a partir da década de 50 do século passado, constitui-se a única responsável pelo aumento da natalidade e pela diminuição da mortalidade, no Terceiro Mundo.

05. O perfil demográfico brasileiro se modificou na última década e, atualmente, a pirâmide etária do país é igual à dos países europeus.

Gab: 02

Questão 255)

As diferenças regionais, no tocante ao desenvolvimento socioeconômico, foram aprofundadas a partir do início da industrialização do país. Desde esse marco, grandes contingentes populacionais das regiões estagnadas economicamente encontraram na emigração para as mais ricas e ativas a melhor oportunidade de sobrevivência. De fato, a maior possibilidade de obter renda e trabalho nos estados mais industrializados ou com extensas áreas de terras ainda inexploradas desencadeou grandes fluxos migratórios no interior do território brasileiro.

(TAMDJIAN; MENDES, 2004, p. 122).

clip_image018

Fonte: Pnad 2006

Com base no texto, na análise da tabela e nos conhecimentos sobre as migrações internas no Brasil,

• indique a região que historicamente mantém-se como a principal origem dos emigrantes;

• destaque a região que atualmente recebe mais imigrantes;

• explique as razões dessa recente atração regional.

Gab:

• Região Nordeste.

• Região Centro-Oeste.

• O principal chamariz é a expansão do agro-negócio que vem crescendo nos últimos anos com grande produção de grãos, sobretudo soja, milho e algodão; imensas plantações de cana-de-açúcar (açúcar e álcool) e a criação de gado. Devido a essa produção, aumentam os fornecedores de equipamentos e serviços para a zona rural e a industrialização de seus produtos. Tal situação é importante para a geração de riquezas, atraindo levas de imigrantes das demais regiões.

TEXTO: 10 - Comuns às questões: 256, 260

Como se sabe, a escravidão foi a primeira forma generalizada de relação de trabalho no campo brasileiro, e junto com ela também se desenvolveu o trabalho familiar camponês. Com o advento da expansão cafeeira, houve a passagem do trabalho escravo para o colonato e houve também, com a colonização oficial, a ocupação de parte das terras do Sul do país por trabalhadores camponeses. O avanço da industrialização e o crescimento urbano, por sua vez, criaram possibilidades históricas para o estabelecimento do trabalho assalariado (capitalista, portanto) no campo.

clip_image020

(OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Agricultura brasileira. In: ROSS, Jurandyr Luciano Sanches (Org.).

Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP/FDE, 1995. cap. 8, p. 495.)

Questão 256)

Com a abolição da escravidão e com o desenvolvimento das plantações de café, o governo brasileiro incentivou a imigração estrangeira para o Brasil. A respeito das correntes migratórias, relacionadas a esse processo histórico de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, é CORRETO afirmar que:

a) a perseguição religiosa desenvolvida contra a doutrina puritana no século XVI levou os calvinistas a se refugiarem na América do Sul.

b) as práticas escravistas dos europeus motivaram a utilização de mão-de-obra asiática especializada na lavoura de cana-de-açúcar.

c) um acordo foi selado entre os governos brasileiro e japonês, pois, enquanto o Brasil precisava de mão-deobra estrangeira para as lavouras de café, o Japão passava por uma crise de empregos.

d) o avanço da extração da borracha no Norte do país necessitou de mão-de-obra imigrante européia, especialmente alemã, italiana e polonesa.

e) a chegada dos imigrantes no Brasil começou em 1530, pois, a partir desse momento, os portugueses vieram para a Colônia para dar início ao plantio do café.

Gab: C

Questão 257)

As migrações intercontinentais, assim como as migrações internas, rural-urbana, rural-rural, urbana-urbana marcam o desenvolvimento do capitalismo em países como o Brasil e comprovam os processos de expropriação, valorização, concentração da propriedade e de exploração. Esse fenômeno, durante séculos, se inseriu na construção econômica do capitalismo, como um dado da irradiação geográfica desse sistema econômico e de sua correspondente estrutura social.

(Adaptado de Amélia L. Damiani. População e geografia, São Paulo: Contexto, 1998).

Sobre a migração brasileira é INCORRETO afirmar:

a) No Brasil os fluxos de caráter rural-urbano da população tornaram-se significativos nas décadas de 50 e 60 devido à crescente concentração fundiária e à industrialização concentrada nos grandes centros urbanos do Sudeste Brasileiro.

b) Na década de 70 as migrações interestaduais de nordestinos para o eixo Rio de Janeiro – São Paulo e a de sulistas para áreas do Centro-Oeste e Amazônia consolidaram o mercado de trabalho brasileiro.

c) As migrações de assalariados rurais temporários (volantes, bóias-frias), ocasionados pela modernização capitalista do campo, atenuaram o subemprego sazonal e as relações de trabalho informais.

d) A mobilidade rural-urbana ou rural-rural brasileira é decorrência da progressiva concentração da terra que leva à eclosão de movimentos sociais de resistência, do que são exemplos o Movimento dos Sem-Terra (MST) e o das populações extrativistas da Amazônia.

e) Os movimentos pendulares intrametropolitanos para o trabalho e/ou estudo, realizado hoje nas metrópoles, assim como os deslocamentos intra-urbanos de caráter residencial podem estar relacionados com a pobreza e a violência e muitas vezes ocorrem em condições sub-humanas modernas.

Gab: C

Questão 258)

As análises das populações humanas utilizam-se de indicadores numéricos interpretados à luz de teorias demográficas às vezes divergentes. Interesses político-econômicos também orientam estas análises e direcionam as ações governamentais relativas ao crescimento da população. As questões a seguir dizem respeito aos conceitos e teorias demográficas, às políticas públicas e ao processo de envelhecimento da população brasileira.

a) Defina:

I. taxa de natalidade:

II. taxa de mortalidade:

III. crescimento vegetativo:

IV. crescimento demográfico:

b) Cite duas das principais teorias demográficas que procuram explicar as razões e os efeitos do crescimento populacional.

c) Nomeie uma ação governamental relacionada a políticas de natalidade implementadas a partir de meados do século XX nos países:

I. desenvolvidos:

II. subdesenvolvidos:

d) Apresente duas das principais conseqüências do envelhecimento da população brasileira, evidenciado, na atualidade, pela pirâmide etária.

Gab:

a) o rápido e intenso crescimento da população mundial tem despertado a comunidade internacional para as relações entre população, desenvolvimento econômico e recursos naturais. Para que essas relações sejam compreendidas, é preciso considerar os fatores que norteiam a sua leitura. A taxa de natalidade é a relação entre o número de nascimentos ocorridos no período de um ano e o total de habitantes de uma cidade, um estado, um país ou um continente. Para chegar a essa taxa, multiplica-se por 1.000 o número de nascimentos ocorridos durante um ano e divide-se o resultado pelo número que representa a população absoluta. A fórmula que expressa tal relação é clip_image022. A relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes do lugar define a taxa de mortalidade. Para chegar a essa taxa, multiplica-se por 1.000 o número de óbitos ocorridos durante um ano e divide-se o resultado pelo número que representa o total da população. Essa relação é expressa pela fórmula clip_image024. O crescimento vegetativo consiste na diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade (TN – TM) em determinado período (geralmente um ano). O crescimento demográfico de um país resulta do crescimento vegetativo acrescido do contingente de imigração e subtraído do contingente de emigração.

b) inúmeras teorias surgiram para tentar explicar o crescimento populacional e suas implicações. Dentre elas, destacam-se a teoria malthusiana, a teoria neomalthusiana e a teoria marxista (também chamada de reformista). A teoria malthusiana foi elaborada pelo economista inglês Thomas Malthus (1776-1834). De acordo com essa teoria, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5...). Sendo assim, em um determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra. Muitas são as críticas a essa teoria, como a constatação de que, em nenhum momento, a população mundial cresceu conforme a previsão de Malthus. A teoria neomalthusiana foi elaborada após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A teoria dizia que, se o crescimento demográfico não fosse contido, os recursos naturais da Terra se esgotariam em pouco tempo. Foi sugerida uma rigorosa política de controle da natalidade aos países subdesenvolvidos. A contestação a essa teoria reside no argumento de que se deve melhorar a distribuição de renda. Diferente das teorias anteriores, os reformistas atribuem aos países ricos ou desenvolvidos a responsabilidade pela intensa exploração imposta aos países pobres ou subdesenvolvidos, o que resultou em excessivo crescimento demográfico e pobreza generalizada. Os partidários dessa teoria defendem a adoção de reformas socioeconômicas para superar os graves problemas. A redução do crescimento demográfico seria conseqüência dessas reformas.

c) com base na leitura neomalthusiana a partir dos anos 70 do século XX, países como o Brasil e o México implementaram uma série de ações para o controle da natalidade. As políticas de planejamento familiar pautaram-se por medidas como o uso de métodos anticoncepcionais, a ligadura de trompas, o uso de dispositivo intrauterino (DIU) e a vasectomia. Por outro lado, em países da Europa, como Alemanha e França, já se adotam políticas natalistas como resposta à queda ocorrida na natalidade. Nelas se incluem licenças maternidades prolongadas, pagamento de elevados salários-família ou saláriosmaternidade, propagandas de incentivo ao aumento do número de filhos e assistência total do Estado em termos de saúde e educação às crianças e adolescentes.

d) com relação ao envelhecimento da população, as últimas pirâmides etárias do Brasil mostram que a base está se tornando cada vez mais estreita, e o ápice, mais largo. O corpo está cada vez maior, refletindo a diminuição das taxas de crescimento vegetativo. Isso resultou na mudança do perfil da pirâmide etária da população brasileira, que era eminentemente ligada à estrutura de economia subdesenvolvida, mas hoje apresenta um perfil de economia de transição. Países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, têm apresentado aumento de idosos em sua estrutura etária. Em 2000, 30% dos brasileiros tinham de 0 a 14 anos, e os maiores de 65 anos representavam 5% da população. Em 2050, esses dois grupos etários devem se igualar: cada um deles deverá representar 18% da população brasileira. Tais números revelam a importância cada vez maior das políticas públicas relativas à previdência social, diante do crescente número de pessoas aposentadas em relação àquelas que estão em atividade. Tornam-se também cada vez mais importantes as políticas de saúde e lazer voltadas para a terceira idade. Também fazem parte dessa discussão questões como a acessibilidade dos velhos em transportes públicos e em espaços públicos como escolas, hospitais, universidades, parques etc.

Nenhum comentário:

Gostou? Compartilhe o Blog!!!

Facebook Twitter Addthis