A cidade de Açailândia, no Maranhão, cresceu sobre um planalto sedimentar, localizado na
parte oeste da Província Sedimentar do Meio-Norte, anteriormente chamada
bacia do Parnaíba. As florestas pluviais sempre verdes que se
encontravam na região foram destruídas há tempos. O
tipo florístico representado por uma vegetação densa, com árvores de grande porte, troncos grossos, encontra-se
descaracterizado pela exploração da madeira e pelo
desmatamento para a implantação de pastagens e
agricultura, surgindo uma vegetação mista e secundária que hoje domina a paisagem da região. [...]
No caso de Açailândia, uma das principais causas
da degradação dos solos tem sido o desmatamento em grande escala,
tanto na área urbana como na rural, levando ao surgimento e à intensificação de processos
erosivos. No seu espaço urbano, as mudanças na paisagem estão caracterizadas pela expansão das voçorocas que se desenvolvem nas áreas periféricas da cidade. [...]
A expansão do desmatamento é um problema que cresce a cada
ano na região. Quando a floresta é derrubada,
mudanças consideráveis podem ocorrer na estrutura
do solo. e essas mudanças causam importantes alterações na hidrologia local: com o desaparecimento da floresta virgem, a
compactação do solo reduz a infiltração, gerando a ocorrência de um escoamento superficial. Isso irá reduzir a água disponível para a vegetação e, em casos extremos, irá provocar a
erosão dos solos e inundações. Outro problema grave é a poluição do ar provocada pela queima de resíduos de madeira, causada pelos
desmatamentos.
(Adaptado de: Mônica dos Santos Marcal e
Antônio José Teixeira Guerra. Em: António José Teixeira Guerra e Sandra Baptista da Cunha, orgs. impactos ambientais urbanos no Brasil, l.ed.
Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2001. p 283-287.)
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