A destruição das florestas
contribui para o aumento de uma outra preocupação global: a desertificação.
O termo desertificação surgiu na França, no fim da década de 1940. A intenção era caracterizar áreas que estavam ficando desérticas ou a expansão dos desertos já existentes.
A ONU
define desertificação como
"a degradação das
terras áridas,
semi-áridas e subúmidas
secas,
resultante de fatores diversos, como as variações climáticas e as atividades
humanas". A Agenda 21*, documento firmado na Eco-92. Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro, determina que por degradação da terra se entenda: a degradação do solo e dos recursos hídricos da vegetação, da biodiversidade e a redução da qualidade de vida.
A desertificação ocorre em cem países, apenas em algumas regiões de clima árido, semi-árido e subúmido seco,
que abrangem um total de 61,3 milhões de quilômetros quadrados em
todo o mundo. Segundo a ONU, as áreas mais afetadas pelo
problema estão na África, Ásia, América do Sul, América do Norte e Austrália. Na Europa, o problema mais grave acontece na Espanha
(observe o mapa).
Cumprindo o cronograma da Agenda 21, foram realizadas
duas reuniões da Convenção da Desertificação: em Roma, 1997, e no Brasil (Olinda), 1999.
Nessas ocasiões, cerca de 190 países definiram dois pontos importantes. O primeiro é que as principais causas da desertificação estão ligadas às atividades
humanas, trazendo como consequência a erosão dos solos e a formação da areia, a redução da biodiversidade, dos recursos hídricos e das
terras cultiváveis. O outro é que esse processo provoca
grandes problemas sociais, como a fome, as migrações, o analfabetismo, a diminuição da renda e do
consumo.
Entre as principais causas e os principais agravantes da desertificacão, podemos citar: o uso intensivo do solo pela
agricultura, a fragilidade do ecossistema, os desmatamentos, a pecuária extensiva e os deslizamentos causados pelas
atividades citadas.
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