domingo, 1 de fevereiro de 2015

A contaminação por agrotóxicos



Além da erosão dos solos, a agricultura trouxe um outro grave problema para o meio ambiente.
As técnicas agrícolas modernas envolvem o uso de vários produtos que por um lado facilitam a tarefa do homem do campo, e por outro agridem a natureza. São os fertilizantes (com exceção dos orgânicos), pesticidas e herbicídas, conhecidos como agrotóxicos.
Os agrotóxicos causam sérios danos à saúde dos trabalhadores rurais que estão em contato direto com eles e às pessoas que consomem os alimentos tratados com esses produtos.
As águas das chuvas carregam os agrotóxicos usados nas plantações e podem contaminar lençóis freáticos e rios. Além disso, eles podem afetar os solos, tornando-os mais pobres, pois eliminam os microrganismos responsáveis por sua fertilidade.
O uso excessivo de pesticidas leva ao aparecimento de pragas mais resistentes, o que gera a necessidade de se utilizar produtos cada vez mais potentes. Em alguns lugares, a solução encontrada foi a substituição dos fertilizantes químicos pelos adubos orgânicos e o controle biológico, que consiste na introdução de predadores naturais, em lugar dos pesticidas eherbicidas.
As chamadas biofábricas fazem parte de um programa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e têm como objetivo "produzir" insetos que possam combater pragas, principalmente nas plantações de soja, cana, milho, feijão e frutas. Um exemplo é a "produção de vespas", utilizadas mundialmente no combate de uma das principais pragas da fruticultura: a mosca-das-frutas.
O uso de técnicas como essa pressupõe o profundo conhecimento do ecossistema rural onde serão empregadas, para não causar problemas ainda mais graves. Em regiões monocultoras, o desaparecimento de muitas espécies predadoras naturais do ambiente pode causar o aumento de pragas e parasitas.

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