Além da erosão dos solos, a agricultura trouxe
um outro grave problema para o meio ambiente.
As técnicas agrícolas modernas envolvem o uso
de vários produtos que por um lado facilitam a tarefa do homem
do campo, e por outro agridem a natureza. São os
fertilizantes (com exceção dos orgânicos), pesticidas e herbicídas, conhecidos como agrotóxicos.
Os agrotóxicos causam sérios danos à saúde dos trabalhadores rurais que
estão em contato direto com eles e às pessoas que consomem os alimentos tratados com esses
produtos.
As águas das chuvas carregam os agrotóxicos usados
nas plantações e podem contaminar lençóis freáticos e rios. Além disso, eles podem afetar os
solos, tornando-os mais pobres, pois eliminam os microrganismos responsáveis por sua fertilidade.
O uso excessivo de pesticidas leva ao aparecimento de pragas mais
resistentes, o que gera a necessidade de se utilizar produtos cada vez mais
potentes. Em alguns lugares, a solução encontrada foi a
substituição dos fertilizantes químicos pelos
adubos orgânicos e o controle biológico, que
consiste na introdução de predadores naturais, em lugar dos pesticidas
eherbicidas.
As chamadas biofábricas fazem parte de um programa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e têm como objetivo
"produzir" insetos que possam combater pragas, principalmente nas
plantações de soja, cana, milho, feijão e frutas.
Um exemplo é a "produção de vespas",
utilizadas mundialmente no combate de uma das principais pragas da
fruticultura: a mosca-das-frutas.
O uso de técnicas como essa pressupõe o profundo
conhecimento do ecossistema rural onde serão
empregadas, para não causar problemas ainda mais graves. Em regiões monocultoras, o desaparecimento de muitas espécies predadoras naturais do ambiente pode causar o
aumento de pragas e parasitas.
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