quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A ORGANIZAÇÃO DA LAVOURA CAFEEIRA


A lavoura cafeeira manteve traços semelhantes aos da lavoura de cana-de-açúcar: a grande propriedade de monocultura, a utilização de escravos e a produtividade do trabalho fundamentada na fertilidade natural dos solos.
   A produção do café era um negócio para poucos homens. Somente os riscos podiam constituir fazendas dedicadas a lavoura de exportação.
   O café, antes de ser comercializado, passava por diferentes trabalhos no interior da fazenda, além da área de cultivo, a fazenda possuía reservatórios para lavagem do café, terrenos de secagem dos grãos, engenhos para seleção e locais apropriados para guardar a produção.
   A organização da lavoura cafeeira só podia ser realizada pelos grandes proprietários de terras e escravos.
   Para os fazendeiros, os escravos tinham um duplo papel: produziam café e serviam como garantia para os empréstimos obtidos com os financistas (emprestados de dinheiro) e os bancos.
   Pois é, naquela época, quem possuía mais escravos é que tinha mais crédito nos bancos. Dando o escravo como garantia, os fazendeiros conseguiam o dinheiro necessário para comprar equipamento e mais escravo, expandindo cada vez mais a produção.
   A expansão do café não se deu apenas em termos de produção, pois foi acompanhada pela expansão territorial. Dois fatores podem explicar esse processo.
   O primeiro está intimamente ligado ao aumento do consumo do produto no mercado internacional, estimulando novas plantações.
   O outro fator prende-se a utilização da rotação de terras. Novas terras eram constantemente incorporadas através da derruba de matas. Assim, a procura de terras virgens, além da destruição da vegetação natural, criava um sistema extensivo de cultivo que rapidamente desgastava o solo.

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