quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O DECLINIO DA ATIVIDADE DA BORRACHA NA AMAZÔNIA


O “mundo encantado” produzido pela exploração e comercialização da borracha logo conheceu o seu fim.
A Inglaterra não estava mais disposta a exercer somente o papel de intermediária na comercialização da borracha amazônica. Em 1876, uma expedição de botânicos ingleses recolheu muda de seringueiras, que foram levadas para o Ceilão e para Singapura, na Ásia. Cultivadas em terras férteis, as seringueiras se desenvolveram, dando origem a grandes plantações.  Os ingleses agora controlavam não só o comércio, mas também a produção da borracha.
No início do século XX, a borracha produzida na Amazônia encontrava um sério concorrente. O tempo encantado da riqueza dos “marajás da borracha” começava a chegar ao seu fim.
Para os nordestinos, o caminho aberto em direção à Amazônia em 1887 jamais seria fechado. Pode-se dizer que a Amazônia se constituiu a partir de então em uma válvula de escape da crise social e econômica do Nordeste. Na medida em que os nordestinos migram, a tensão social na região diminui, permanecendo a estrutura agrária do latifúndio.
Terminado o ciclo da borracha, muito daqueles nordestinos se transformaram em posseiros, vivendo perdidos no meio da floresta até época muito recente, quando os grandes empresários do Sul e do Sudeste “descobriram” a Amazônia.
Para viver na floresta, os seringueiros aprenderam com os índios sobre frutos, as ervas medicinais, os peixes, etc. toda essa cultura indígena-seringueira acha-se ameaçada pela chegada das grandes empresas pecuaristas e madeireiras que queimam a floresta e, com isso, “queimam” essa cultura.

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