quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A ATIVIDADE CAFEEIRA E O TRABALHO ASSALARIADO


   A proibição do tráfico negreiro promoveu elevação dos preços dos escravos. Muitos fazendeiros preferiam intensificar mais ainda a exploração dos escravos que possuíam. Outros buscaram novas alternativas para a expansão de suas fazendas.
   Da Europa chegaram os novos trabalhadores dos cafezais. Eram, em sua maioria, camponeses empobrecidos em busca de uma vida melhor no Brasil.
   Contratados pelos fazendeiros, os imigrantes (suecos, alemão, espanhóis e sobretudo italianos) formaram a força de trabalho, destinada a manter a expansão da lavoura cafeeira.
   O regime escravocrata começou a ser substituído pelo regime colonato. Os fazendeiros obtinham financiamento do estado para pagar a viagem e as despesas com a instalação dos trabalhadores europeus. Por seu lado, os imigrantes se comprometiam a pagar o fazendeiro com seu trabalho.
   Os colonos só recebiam pagamento na  época da colheita, comprado pelo próprio fazendeiro que os contratava. Enquanto não chegava a colheita, o colono e sua família precisavam de alimentos, roupas e casa para morar. As roupas e os alimentos eram adquiridos no armazém da própria fazenda, que pertencia ao patrão.   
As dívidas aumentavam. Ocorreu o devia a passagem, a moradia, a roupa, a comida.... Quando chegava a colheita, o dinheiro que recebi em troca de seu trabalho e não pagava metade de suas contas.
“Os patrões (...). quase não dão dinheiro aos seus colonos, a fim de pendê-los ainda mais a si ou às fazendas". (Thomas Davatz, Memórias de um colono no Brasil - 185, Livraria Martins, São Paulo)
Apesar de ser livre, o colono ficou numa situação bem próxima da escravidão. Quando o som não estava satisfeito com o patrão, não podia mudar de fazenda, a não ser que encontrasse um fazendeiro disposto a pagar suas dívidas. Era o mesmo que procurar e encontrar um  novo comprador e proprietária.
As notícias das condições de vida dos colonos  no Brasil chegaram a Europa. Pressionados pela opinião repita, muitos governo proibiram emigração para o Brasil.
A expansão do  café em  direção Oeste Paulista começou a sentia falta  de mão-de-obra. Diante de tal situação, o governo brasileiro passou a se responsabilizar diretamente pela imigração.
As despesas da viagem dos integrantes e de sua família  eram pagas pelo governo. Aos  fazendeiros está destinado o gasto durante o primeiro ano dos colonos  nos cafezais. Em troca  de seu trabalho,os imigrantes recebiam salário que variava de acordo com o número de pés de café que plantasse.
Para diminuir seus gastos com o dinheiro, os  fazendeiro permitiu aos colonos cultivar pequenas lavouras nos espaço livres entre as  fileiras de café (as ruas do café).
Os colonos estavam sempre interessados em plantar mais pés de café, pois, além de ganhar um pouco mais de dinheiro com a colheita, tinha na oportunidade de aumentar a lavoura de subsistência entre as fileiras dos cafezais.
Os cafezais  cresceram e se expandiram com o regime de colonato. Entre 1887 e 1897, 1300 mil imigrantes pisaram o solo brasileiro. A maioria deles estabeleceu-se em São Paulo.
O e trabalhador em imigrantes não substitui de imediato trabalho  escravo. Em 1887 havia 107 mil escravos em São Paulo. Lado a lado, o homem livre e o homem escravo plantavam e colhiam café.
No vale do Paraíba, a lavoura cafeeira continuou apoiada no trabalho escravo.
  Nota: no entanto, o avanço do trabalho livra foi marginalizado o negro e o colocando em uma situação de grande dificuldade.

Um comentário:

Bruno Giovanni disse...

esses textos sobre a atividade cafeeira tão muito bons. Coloca eles na nossa apostila do 3º ANO!!

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