domingo, 12 de dezembro de 2010

MINERAÇÃO


O centro produtor da Colônia, outrora estabelecido no litoral nordestino, torna-se agora a região de Minas Gerais, para onde homens de toda a sorte e de todos os cantos se dirigem, para encontrar a opulência e a miséria. Da lavoura canavieira em decadência, dos sertões, das vilas, de Portugal e de outros países europeus, chegaram os povoadores do “Eldorado”, sonhado por tantos e por tanto tempo.
As minas surgiram como um “novo negócio” para ricos e pobres, para todos que estivessem dispostos a se embrenhar nas matas e, em muitos casos, lutar por um pedaço de terra ou por um pedaço de rio, rico em ouro.
Nas Minas Gerais o ouro era encontrado em depósitos às margens dos rios – o chamado “ouro de aluvião”. Os depósitos aluvionais resultaram do trabalho erosivo das águas dos rios escavando e destruindo parte das rochas encontradas em seus leitos e margens. O material desagregado foi pouco a pouco depositado, formando aluviões. No período de chuvas na região, a força da erosão dos rios aumenta. Além de alimentar a força , as chuvas faziam crescer o volume das águas dos rios, provocando cheias e o conseqüente aumento  do volume do material erosivo. Isto explica porque as épocas de chuva eram as mais rendosas para a exploração aurífera.
Para o rio, o ouro era apenas um elemento da natureza que seguiria o caminho traçado pela estrutura geológica e pelo curso de suas águas. Para os homens, esses elementos da natureza eram a fonte de riquezas, de ascensão social e até mesmo de liberdade.
A presença do ouro em Minas Gerais é resultado da estrutura geológica formada pelas séries Minas e Itacolomi, no período algonquiano. Estes terrenos geológicos são muito antigos e estão desgastados pela erosão. Atualmente as minas auríferas de maior destaque são as de Morro Velho, Espírito Santo e Raposo.
Os terrenos do algonquiano guardam outras riquezas minerais como o ferro, o chumbo, a prata e o diamante.

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