A formação geográfica do Brasil começou pelo Nordeste. como é sabido, a descoberta das terras da América fazia parte da expansão comercial da Europa. Portugal havia fundado uma série de feitorias na Ásia e na África com a intenção de obter especiarias que tinham alto valor comercial.
No Brasil, tudo se iniciou com a extração do pau-brasil, espécie de vegetal nativo, encontrado com abundância na Mata Atlântica e que servia de matéria-prima para tingir tecidos. Algumas feitorias foram fundadas no litoral, mas o extrativismo vegetal foi um ciclo de curta duração.
Os portugueses já tinham as técnicas de produção de cana-de-açúcar, o rei de Portugal começou a doar sesmarias para as famílias ricas portuguesas que quisessem se enriquecer na mais nova colônia.
A Zona da Mata do Nordeste oferecia condições naturais bastantes propícias ao desenvolvimento da lavoura canavieira. Com um clima marcado por uma estação chuvosa e outra seca, temperaturas elevadas e solos de massapê, as áreas litorâneas do Rio Grande do Norte até o Recôncavo baiano constituíram-se em grandes canaviais.
objetivo da colonização era claro: explorar a colônia para o enriquecimento da metrópole. Particularmente da nobreza e da burguesia mercantil.
Para garantir a subordinação da colônia, a metrópole lançou mão do sistema do exclusivo comercial. Por este sistema a produção colonial só podia ser comercializada por Portugal, favorecendo a acumulação de lucros nas mãos da nobreza e dos mercadores, que vendiam o açúcar na Europa. A renda gerada pelo açúcar ficava, na sua maior parte, em Portugal.
Para controlar sua parte nos ricos negócios do açúcar, a metrópole enviava para as terras do Brasil seus funcionários que monopolizavam o poder administrativo e militar. As cidades de Salvador e Olinda consolidaram-se como sedes do poder administrativo da colônia.
Enquanto os funcionários zelavam pelos interesses da metrópole, os colonos poderosos tratavam de garantir a produção, conquistando terras indígenas, estabelecendo plantações e engenhos de cana-de-açúcar.
Os indígenas e os negros escravizados foram a mão-de-obra da empresa colonial.
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