quarta-feira, 29 de julho de 2020

Questões Formas e Estrutura da Terra XX

Questão 141)

 

Observe a figura a seguir:

(Adaptado de: SIMIELLI, M. S. Geoatlas. São Paulo: Ática. 2002. p. 80.)

 

Com base na figura e nos conhecimentos sobre classificação das Unidades de Relevo brasileiro, classifique a Unidade 2, conforme Jurandir Ross, corretamente:

a)   Depressão Periférica Sul Rio Grandense, com relevos caracterizados por colinas de topos convexos, vales moderadamente entalhados, planície fluvial.

b)   Planaltos e Serras do Atlântico leste-sudeste, com relevos caracterizados por serras e morros alongados, relevo montanhoso. Escarpas estruturais/falhas. Superfícies de morros de topos convexos. Depressões tectônicas cenozóicas.

c)   Planaltos e Chapadas da bacia do Paraná, com relevo caracterizado por colinas amplas com topos convexos. Chapadas, superfícies planas. Patamares e escarpas estruturais associadas a morros e colinas de topos convexos. Escarpas nas bordas.

d)   Depressão Periférica da Borda Leste da bacia do Paraná, com relevos caracterizados por colinas amplas de topos convexos e vales medianamente entalhados.

e)   Depressão do Miranda com relevos caracterizados por superfícies aplanadas, vales rasos, morros residuais isolados.

 

Gab: D

 

Questão 142)

 

Observe a imagem a seguir.

Formações de arenito. Pedra do Cálice. Serra das Galés, Paraúna – GO

Disponível em http://www.sebraego.com.br. Acesso em: 26 nov. 2007.

O relevo terrestre é resultado da ação de agentes internos da litosfera, responsáveis pela sua estrutura, e de agentes externos que definem sua forma. Com base nessas informações e na interpretação da imagem, explique como esses agentes atuaram, ao longo do tempo, na constituição da forma de relevo, conforme a foto apresentada.

 

Gab:

Sugestão de resposta:

    O aluno deve abordar os agentes internos e externos;

    Segundo a ação dos agentes internos, o relevo apresentado está associado a uma bacia sedimentar, com sua gênese estrutural originada a partir da agregação de sedimentos ao longo dos períodos geológicos;

    Quanto aos agentes externos, ocorreu a atuação das intempéries físicas e químicas (água, ventos e variação térmica), determinando a esculturação ou modelagem no decorrer dos anos.

 

Questão 143)

 

Os divisores d´água constituem uma importante referência para a delimitação de uma bacia hidrográfica. Ao utilizar como parâmetro a distribuição das bacias hidrográficas brasileiras, nota-se que os rios formadores das bacias amazônica e tocantins-araguaia são originários de três divisores d´água principais. Esses divisores são os seguintes:

a)   Cordilheira dos Andes, Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro

b)   Serra do Espinhaço, Serra Geral e Chapada Diamantina

c)   Planalto da Borborema, Planalto Meridional e Serra da Mantiqueira

d)   Serra da Canastra, Planalto Meridional e Planalto Atlântico

e)   Planalto Atlântico, Planalto da Borborema e Serra do Espinhaço

 

Gab: A

 

Questão 144)

 

Sobre o planalto brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA.

a)   O planalto Central, na porção central do país, caracteriza-se pela presença de terrenos cristalinos que alternam com terrenos sedimentares do Paleozóico e do Mesozóico.

b)   O planalto Meridional, situado nas terras banhadas pelos rios Paraná e Uruguai, na região Sul, estendese parcialmente pelas regiões Sudeste e Centro-Oeste e é dominado por terrenos sedimentares recobertos parcialmente por lavas vulcânicas.

c)   O planalto Nordestino é uma região de altitudes elevadas em que predominam serras sedimentares, como as do Borborema e de Baturité, e chapadas, como as do Araripe, do Ibiapaba e do Apodi.

d)   As serras e os planaltos do leste e do sudeste estão localizados próximos ao litoral, formando o maior conjunto de terras altas do país, que se estende do nordeste até Santa Catarina.

 

Gab: C

 

TEXTO: 2 - Comum à questão: 145

 

Os sertões

 

A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas embatia, fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No alto, volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o forasteiro sentia-se em segurança. Estava sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro do invasor e da metrópole. Transposta a montanha – arqueada como a precinta de pedra de um continente – era um isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se exercia ao norte; reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a qual se amorteciam todas as cobiças, e alteava, sobranceira às frotas, intangível no recesso das matas, a atração misteriosa das minas...

Ainda mais – o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação oceânica.

Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das entradas.

A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo; encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal, irresistivelmente, na correnteza dos rios.

Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S. Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos d’água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor resistência, que definem os lineamentos mais claros da expansão colonial, não se opunham, como ao norte, renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a barreira intangível dos descampados brutos.

Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise colonial, no século XVII.

Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que, solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole, completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências, norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores. Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o holandês e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madri e Díaz Taño a Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.

De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador Bueno.

Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores, na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico disfarçando o monopólio do braço indígena.

(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões.

Edição crítica de Walnice Nogueira Galvão.

2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)

 

Questão 145)

 

No texto, Euclides da Cunha refere-se à Serra do Mar. Observe o mapa.

UNIDADES DO RELEVO E ESTRUTURA GEOLÓGICA

DO ESTADO DE SÃO PAULO.


 

Identifique a unidade geomorfológica onde se insere a Serra do Mar, justificando as palavras do autor – era um isolador étnico e um isolador histórico.

 

Gab:

A unidade morfológica é o planalto Cristalino ou Oriental (nº 2). Era "um isolador étnico", pois separava o povo autóctone (indígena) que se localizava no topo da escarpa, do colonizador europeu, que chegava pelo litoral. Era "um isolador histórico", pois a partir da transposição da escarpa, as bandeiras fluíram pelo Vale médio inferior Tietê e confluentes.

 

Questão 146)

 

Os recursos minerais estão diretamente relacionados ao tipo de formação geológica em que são encontrados.

Observe o mapa a seguir:

Rio Grande do Norte – Área Produtora de Petróleo – 2005

FELIPE, José Lacerda Alves; CARVALHO, Edílson Alves de. Atlas escolar: Rio Grande do Norte. 2. ed.

João Pessoa: Grafset, 2006. Escala 1:2.500.000. Adaptado.

 

No Rio Grande do Norte, a estrutura geológica da área produtora de petróleo corresponde a

a)   terrenos sedimentares de formação antiga.

b)   formação cristalina de tempos recentes.

c)   formação cristalina de tempos antigos.

d)   terrenos sedimentares de formação recente.

 

Gab: D

 

Questão 147)

 

Sobre a estrutura geológica e os principais recursos minerais do Brasil, marque para as alternativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opção.

01. As bacias sedimentares ocupam cerca de 36% do total do território brasileiro e foram formadas na era Pré-Cambriana.

02. A estrutura geológica brasileira é constituída por escudos cristalinos ou núcleos cratônicos, bacias sedimentares, dobramentos antigos e dobramentos modernos.

03. No Brasil, nos limites das bacias sedimentares com os maciços antigos, processos erosivos, ocorridos principalmente na era Cenozóica, formaram áreas rebaixadas, denominadas de depressões.

04. Nas áreas dos escudos cristalinos, formados por terrenos Proterozóicos, estão as riquezas minerais do Brasil, como o ouro, a bauxita, o manganês, o ferro e outros.

 

Gab: FFVV

 

Questão 148)

 

Considere as seguintes regiões:

1.   Planície Amazônica, região do curso médio do rio Solimões.

2.   Centro-Sul do estado de Minas Gerais.

3.   Pantanal Matogrossense.

 

Assinale a alternativa que apresente a melhor relação entre as características físicas das regiões e as possibilidades de uso do território.

a)   A região 1 apresenta as características físico-territoriais ideais para o aproveitamento hidrelétrico.

b)   Na região 2, o impacto da produção hidrelétrica seria menor do que na região 1 ou na região 3.

c)   A região 2 apresenta as melhores condições físicas para agroexportação de grãos.

d)   A região 3 apresenta as melhores condições de aproveitamento hidrelétrico.

e)   A região 1 apresenta melhores condições para a agricultura exportadora de grãos.

 

Gab: B

 

Questão 149)

 

Sobre as formas do relevo brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA:

a)   No norte do país, durante a Era Mesozóica, ocorreram vastos derrames de lavas vulcânicas através de fendas e fissuras, que formaram uma camada de basalto resultante da consolidação do material vulcânico, a qual deu origem à atual planície amazônica.

b)   As altitudes, de forma predominante, são modestas porque o nosso território se encontra no meio da placa sul-americana e as elevações são de idades geológicas antigas, muito desgastadas pela erosão.

c)   A área abrangida pelo Pantanal Mato-Grossense se enquadra como exemplo de planície continental.

d)   Conforme classificação recente, as depressões ocupam grande parte do território brasileiro, estando encaixadas entre as bacias sedimentares e os maciços antigos.

e)   Práticas agrícolas que desconsideram as condicionantes de declividade dos terrenos e vulnerabilidade dos solos com a retirada da vegetação podem ter como resultado o surgimento de voçorocas e ravinas.

 

Gab: A

 

Questão 150)

 

A idéia propagada, por muito tempo, de o território brasileiro ser absolutamente estável geologicamente e, portanto, livre de terremotos, é errônea. A sismicidade brasileira é modesta se comparada à da região andina, mas é significativa, visto que aqui já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5º na Escala Richter, como os eventos em Pacajus (CE, 1980) e em João Câmara (RN, 1986). Esses fatos indicam que o risco sísmico em nosso país não pode ser ignorado.

Explica a baixa sismicidade brasileira em relação à região andina:

a)   a distância em relação às bordas leste e oeste da Placa Tectônica Sul-Americana.

b)   a baixa altitude média do relevo brasileiro, formado predominantemente por planícies.

c)   a inexistência de atividade vulcânica, causadora dos abalos sísmicos de maior intensidade.

d)   a causa desses tremores ser justificada pela atividade mineradora no território brasileiro.

 

Gab: A

 

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