Como vimos, o Sertão constitui a terceira sub-região do Nordeste, no sentido do litoral para o interior. E urna área sujeita a secas periódicas, que vêm ocorrendo desde o período colonial (século XVI), conforme se sabe. Admite-se que, do século XVI até 1984, ocorreram 43 secas. A duração de cada seca é variável. Urnas duram um ano, outras dois, três ou mais anos. A última grande seca durou cinco anos - de 1979 a 1984 - e foi prevista pelo Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), localizado em São José dos Campos (SP); no entanto, nada foi feito pelos governos para amenizar a situação. No século XVIII, registrou-se uma seca que durou seis anos.
No Sertão predomina o clima tropical semi-árido, que tem as seguintes características:
1. Quanto à temperatura: médias de temperaturas anuais elevadas, geralmente superiores a 25°C; em alguns pontos, as médias de temperatura anuais são superiores a 32°C.
Foi no Sertão que já se registrou a maior temperatura média mensal do Brasil, 28,9°C, no mês de dezembro, na cidade de Sobral, no estado do Ceará.
2. Quanto à umidade: chuvas escassas e irregulares. Quando as chuvas não ocorrem regularmente nos meses esperados é que ocorrem os períodos de seca, que podem se prolongar por dois, três ou mais anos, como já vimos. De modo geral, as chuvas anuais são inferiores a 1.000 mm e, numa grande área do Sertão, chegam a ser inferiores a 750 mm. A menor média anual de chuvas no Brasil é registrada no Sertão da Paraíba, em Cabaceiras, com apenas 278,1 mm anuais.
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