As fronteiras naturais do mundo
"A natureza física não estabelece guardiões de fronteiras e tampouco estabelece limites de forma deliberada. Na natureza, o limite é um elemento intruso, idealizado. Na natureza, o limite existe como vida."
(Extraído de: Cássio Eduardo V. Hissa. A mobilidade das fronteiras Belo Horizonte, Editora UFMG, 2001. p. 20.)
Como podemos perceber pela frase acima, as fronteiras naturais não dependem do homem. Embora ele possa interferir na natureza, modificando-a de forma construtiva ou destrutiva (desviando o curso de rios, construindo canais que ligam oceanos, aterros sobre áreas marítimas e até provocando mudanças climáticas ao causar o aquecimento global, por exemplo), são as diferenças existentes entre as paisagens naturais (tropicais, polares, temperadas, de montanhas, etc.) que delimitam as fronteiras naturais na superfície da Terra. Desmatamentos ou aumento do processo de desertificação dos solos são fatores que podem alterar essas fronteiras, mas não a ponto de descaracterizá-las.
As fronteiras naturais não são exatas como as fronteiras políticas. Entre elas existem áreas nas quais os elementos naturais vão mudando gradativamente até assumirem as características de outra paisagem. Esses "intervalos" são chamados de áreas de Transição. No Brasil, a mata dos Cocais (localizada nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grandedo Norte e Tocantins) é um exemplo de área de transição entre a caatinga e a floresta equatorial.
· As esferas da Terra
A litosfera é a camada mais superficial de nosso planeta. Formada por rochas e minerais, ela compreende a crosta (continental e oceânica) e faz parte do cenário onde se desenvolve a vida na superfície terrestre. Esse cenário, no entanto, é mais complexo e envolve outras camadas (esferas), intimamente relacionadas entre si. São elas:
· atmosfera: camada gasosa que envolve a Terra;
· hidrosfera: compreende as águas oceânicas, dos rios, dos lagos, as águas subterrâneas e as da chuva;
· biosfera: parte da Terra onde estão os seres vivos.
As relações entre a litosfera e a atmosfera envolvem processos como a erosão e o intemperísmo.
A formação de águas subterrâneas, de cavernas e de aquíferos, além da erosão causada pelas águas superficiais, acontece no encontro entre a litosfera e a hidrosfera.
As relações entre a atmosfera e a hidrosfera refletem-se nos vários fenômenos meteorológicos que percebemos em nossa vida diária: chuvas, neve, granizo, nevoeiro, etc. O ciclo da água, essencial para a vida, realiza-se basicamente nessas duas esferas.
A biosfera, por sua vez, é a síntese das demais esferas que servem de meio ambiente para o desenvolvimento da vida. É ela que faz as interrelações entre as demais esferas da Terra.
A biosfera
Segundo o cientista russo Vladimir Vernadsky, a biosfera seria "a camada mais ou menos uniforme, ainda que bastante contínua, relativamente delgada para poder concentrar e envolver a energia solar, onde estão distribuídos os seres vivos".
No estudo da biosfera, a Geografia aproxima-se da Biologia através da Biogeografía, que estuda adistribuiçâo geográfica dos seres vivos. A Biogeografia divide-se em Fitogeografia (que trata da distribuição espacial dos vegetais) e Zoogeografia (que trata da distribuição espacial dos animais). Podemos, ainda, considerar a Biogeografia física, que procura explicar a influência dos fatores ecológicos na distribuição dos seres vivos, e a Biogeografia histórica, que estuda os processos históricos (vicariância* e dispersão*) na atual distribuição dos seres vivos nos ecossistemas da Terra.
A biosfera, conjunto formado por todos os ecossistemas do globo, é integrada por três biociclos*: o terrestre, o das águas doces e o marinho.
Ecossistema é uma unidade natural caracterizada pelas interações dos seres vivos entre si e destes com o meio ambiente.
No biociclo terrestre, existem grandes ecossistemas marcados pela presença de flora, fauna e clima próprios, denominados biomas, termo derivado do empregado pelo ecologista norte-americano Frederic E. Oements, em 1916, para designar "urna comunidade de plantas e animais, com formas de vida e condições ambientais semelhantes".
Cada bioma é representado por um tipo de vegetação que lhe confere uma característica visual; floresta tropical, floresta temperada, campos, savanas e outros.
· Grandes biomas do mundo
A distribuição dos biomas terrestres e seus tipos de vegetação e fauna estão estreitamente ligados ao clima, uma vez que são as diferentes condições de temperatura, chuva e incidência de luz solar nas várias regiões do planeta que facilitam ou impedem a existência de qualquer tipo de vida. Desse modo, praticamente, a cada tipo climático corresponde um bioma, marcado por uma determinada cobertura vegetal.
O relevo (altitude), as águas continentais e oceânicas e os solos também influenciam a distribuição dos biomas na superfície da Terra. Os biomas, portanto, não se distribuem aleatoriamente, mas conservam uma certa sequência, tanto no sentido horizontal (latitude) como no sentido vertical (altitude).
Em um mesmo bioma, podemos encontrar vários ecossistemas, como por exemplo a floresta Amazônica e a mata Atlântica, que são ecossistemas dentro do bioma das florestas tropicais e que, por sua vez, também possuem diferentes ecossistemas em seu interior.
Você vai conhecer a seguir algumas características dos principais biomas do mundo.
Tundra
Formada há cerca de 10 mil anos, a tundra é o bioma mais jovem da Terra. Sua área de ocorrência é a região próxima ao oceano Glacial Artico; Alasca, norte do Canadá, Groenlândia, norte da Rússia e da Escandinávia.
A tundra possui ecossistemas cuja composição botânica ê influenciada pelas condições do solo e do clima. O solo fica congelados maior parte do ano, e a estação mais quente - cuja temperatura mais alta não ultrapassa 10 °C - dura mais ou menos 60 dias. A tundra, portanto, só cresce nos períodos de degelo. Suas principais espécies são os musgos e os liquens, plantas rasteiras, pois as árvores não sobrevivem nesse tipo de clima. Esse é o bioma mais frio do mundo e é basicamente um deserto gelado, pois apresenta poucas precipitações (neve) durante o ano. Podemos classificá-la na categoria dos climas polares.
Montanhas
Nas grandes altitudes (acima de 3000 m) as montanhas não apresentam vegetação. A cobertura vegetal, que alcança de 2 500a 3 000 m, é composta de plantas orófilas*. que formam uma vegetação rasteira - os campos alpinos, com cerca de 200 espécies que se adaptaram às baixas temperaturas e à seca. Esse bioma aparece nas grandes cadeias montanhosas, como os Andes, as montanhas Rochosas, os Alpes e outras.
Quando subimos uma área montanhosa, passamos porvários biomas. Na parte mais baixa predomina o bioma da região onde a montanha está situada. Por exemplo, nas montanhas Rochosas começamos em um deserto. À medida que a altitude aumenta, vemos sucessivamente a floresta temperada, a floresta de coníferas* e os campos alpinos. Conforme a localização da montanha, podemos passar também por campos e estepes.
O fator climático que caracteriza esse bioma é a altitude, por isso encontramos neve em altas montanhas, em plena zona tropical, como na parte central da cordilheira dos Andes e no monte Kilimanjaro, na Tânzania (África). É também um clima muito frio, com temperaturas entre 10 e 15 °C no verão e abaixo de zero no inverno, do tipo alpino ou de montanha.
Taiga ou floresta boreal
A taiga é também chamada de floresta boreal, porque ocorre apenas no hemisfério norte, entre as latitudes de 50 e 60 °N. Os invernos são muito rigorosos, com queda de neve, e os verões são quentes (clima temperado continental). Podemos dizer que a taiga é uma floresta homogênea*, pois é formada quase só por coníferas (abetos e pinheiros), plantas aciculifohadas*, resistentes ao frio e perenes*.
Cobre grandes extensões da Rússia, do Alasca, da Noruega, da Suécia, da Finlândia e do Canadá. Na Escandinávia e no Canadá alimenta importantes indústrias madeireiras, de papel e celulose, das quais a madeira que fornece é a principal matéria-prima.
Floresta temperada
Vegetação típica de clima temperado oceânico, com estações do ano bem definidas. Recobria as áreas que hoje são as mais povoadas da superfície terrestre-Europa, China, Japão e leste da América do Norte. No hemisfério sul, pode ser encontrada na Austrália, na Nova Zelândia e no Chile.
É uma floresta decidua*, perde suas folhas no inverno. No outono, as folhas mudam de cor, assumindo um lindo tom avermelhado. É o bioma mais devastado do mundo, pois seu solo fértil foi muito aproveitado para a agricultura. Dentre suas áreas de ocorrência, o maior número das espécies dessa floresta está na América do Norte.
As florestas temperadas não são todas iguais. Podem ser encontradas espécies perenes entre as decíduas, bem como flores e tapetes de musgos e cogumelos. Suas principais espécies são o abeto, a faia e o carvalho. Nas regiões onde o clima é mais chuvoso, aparecem árvores de grande porte, como o eucalipto gigante, na Austrália, e a sequóia, na costa ocidental da América do Norte, como no Sequóia National Park, na Califórnia.
Florestas tropicais
A área de ocorrência desse bioma é delimitada pelos dois trópicos (zona tropical) e atravessada pelo Equador. Portanto, é o domínio de elevadas temperaturas e de grande quantidade de chuva (climas tropicais).
Apesar de podermos distinguir subtipos de florestas tropicais, elas têm algumas características comuns: são heterogêneas*, perenes, higrófilas* e latifoliadas*. No bioma das florestas tropicais encontramos a maior biodiversidade, ou seja, a variedade de espécies de plantas, animais e microrganismos encontrada em todos os biomas da Terra Nas áreas próximas ao Equador, as florestas são mais fechadas, apresentam-se estratificadas em camadas, com árvores de várias alturas e tipos, com muitos cipós em seus troncos e galhos. Os principais exemplos são a floresta Amazônica, a floresta do Congo (África) e a da Indonésia (Ásia). Mais afastadas do Equador, as florestas tropicais recebem menor quantidade de calor e chuva, por isso são menos exuberantes que as equatoriais e já foram quase destruídas pelo homem. Ocupavam grande parte da faixa tropical da América do Sul (Brasil), da América Central, do norte da Austrália e do Sudeste Asiático, onde aparecem hoje em pequenas manchas que foram conservadas.
Contexto e aplicação
Os especialistas do Instituto de Recursos Mundiais (em inglês, WRI -World Resources Institute) assinalam a importância do que chamam fronteira florestal, florestas primárias ainda não fragmentadas em pequenos pedaços, capazes de abrigar populações de todas as espécies desses tipos de florestas [...] O problema das florestas primárias é que quando voltam a crescer já não são as mesmas. Os bosques secundários e o reflorestamento que substituem a cobertura original são muito diferentes, menos complexos e mais suscetíveis ao fogo, entre outras coisas.
(Adaptado de: El País. 10 abr. 2002.)
1. Procure dtar as principais fronteiras florestais ainda existentes no mundo.
2. Explique as principais diferenças entre as florestas primárias e os bosques secundários.
Desertos e semidesertos
Os desertos têm em comum o fato de receberem poucas e irregulares precipitações, apresentarem baixíssimas taxas de umidade relativa do ar, céu com poucas nuvens e evaporação alta (climas desérticos e semidesérticos). Frequentemente apresentam um índice pluviométrico inferior a 200 mm anuais e menos de 12% de umidade relativa do ar.
As temperaturas do deserto apresentam grandes amplitudes térmicas, podendo atingir 50 °C durante o dia e cair para -1 °C à noite, ou menos ainda.
Os solos são sempre muito pobres, pedregosos ou arenosos Nessas áreas encontramos plantas xerófitas* e, em algumas regiões com mais umidade, aparecem "ilhas de vegetação" - os chamados oásis.
Presença de correntes marítimas frias no litoral, altas pressões subtropicais, grandes altitudes e barreiras montanhosas que impedem a passagem de massas de ar úmido vindas do oceano são as principais causas da formação de desertos. O Saara, na África setentrional, e o Atacama, no norte do Chile, são exemplos de desertos que se formaram em áreas onde chove muito pouco ou onde não cai sequer uma gota de chuva.
Temos tanto desertos quentes como frios. Em ambos, a vegetação é composta de plantas de pequeno porte, muito espalhadas pela extensão arenosa. Os desertos cobrem cerca de 1/5 da superfície terrestre. Os quentes estão situados nas proximidades dos trópicos de Câncer e de Capricórnio e os frios, nas latitudes mais altas. Nesses últimos há queda de neve e pouca chuva na primavera (150 a 260 mm por ano). As chuvas nos desertos quentes estão concentradas em curtos períodos, intercalados com prolongadas épocas de seca.
Nas bordas de grandes desertos, aparecem regiões menos secas que esses biomas, consideradas semidesertos. Em muitos continentes são classificadas como estepes, como veremos logo a seguir.
No Brasil, a caatinga - classificada por alguns especialistas como savana e pelo IBGE como estepe (conforme Atlas do meio ambiente do Brasil, Embrapa) – é um ecossistema de clima semi-árido ou serni-desértico, apesar de não estar localizada nas margens dos grandes desertos.
Dunas no deserto arenoso da Namíbia, no sudoeste africano
Formações mediterrâneas e florestas e bosques esclerófilos
Esse bioma pode ser chamado assim porque suas características básicas destacam-se nas margens da região banhada pelo mar Mediterrâneo - no sul da Europa, no norte da África e no oeste da Ásia. Mas ele aparece em outras partes do mundo, como no oeste dos Estados Unidos (Califórnia), no extremo sul da África do Sul e no oeste e sul da Austrália. O clima desse bioma (subtropical mediterrâneo) é marcado por uma estação muito seca e quente: o verão. O inverno é ameno e chuvoso. Formado por uma vegetação arbustiva* ou por bosques de árvores de folhas duras (esclerófilas), esse bioma se estende entre 30 e 40° LN ou LS.
Na região do Mediterrâneo, a vegetação de arbustos recebe denominações como:
· garrigue: formação bem aberta, encontrada em solos calcários;
· maqui: formação bem fechada, que cresce em solos silicosos.
Na Austrália, as espécies dominantes nos bosques esclerófilos são árvores do género dos eucaliptos. Chaparral é o nome que a vegetação recebe na Califórnia, onde predominam várias espécies de cacto. No Chile, predominam os bosques esclerófilos.
Estepes
Esse bioma é seco, frio, corn vegetação rasteira. Geralmente as estepes estão na faixa de transição entre o deserto e a floresta, longe da influência marítima e perto de barreiras montanhosas. São encontradas principalmente nos Estados Unidos, na Mongólia, na Sibéria (Rússia) e na China. Nas estepes, os verões são quentes e os invernos muito frios; em altas latitudes, cai muita neve. Comum pouco mais de chuva, a estepe poderia ser classificada como pradaria; com um pouco menos, como deserto.
Pradarias
Esse tipo de vegetação herbácea (rasteira) recebe o nome de pradaria, na América do Norte, e pampa, na América do Sul (Brasil e Argentina), onde o clima é mais úmido. As pradarias do hemisfério sul recebem mais chuvas do que as do hemisfério norte. Na América do Norte, ocupam uma área que se estende desde o Canadá (Alberta, Saskatchewan e Manitoba), continuando pelas planícies Centrais dos Estados Unidos, até o Texas, ao sul, e Indiana, a oeste.
Áreas de ocorrência
As pradarias recobrem vastas extensões do estado de Webraska, nos Estados Unidos.
Savanas
São formações típicas de regiões de clima tropical, com uma estação chuvosa e outra seca. Localizam-se entre o bioma da floresta tropical e o dos desertos. Existem vários tipos de savana; as mais conhecidas são as savanas africanas.
A savana apresenta dois "andares" de vegetação tropófila*: um mais alto, formado por árvores (arbóreo); e outro mais baixo, composto de gramíneas (herbáceo).
Na América do Sul, as savanas ocupam áreas da Venezuela e da Colômbia (Ilanos), na bacia do rio Orinoco; o cerrado, vegetação correspondente no Brasil, cobre grande parte da região Centro-Oeste. Também encontramos savana no norte da Austrália, onde se destacam os eucaliptos, e na índia, onde é denominada jungle.
Áreas de ocorrência
Vegetação rasteira e árvores esparsas são características das savanas africanas. Na foto, detalhe do Parque Nacional de Ruaha, na Tanzânia.
· Os climas do mundo
Leitura e reflexão
Tempo e clima
Com frequência se confunde tempo e clima de um lugar. O tempo atmosférico é determinado pela temperatura, pressão atmosférica, direção dos ventos, nebulosidade, umidade, etc., registrados em uma determinada hora. O tempo muda rapidamente, conforme as variações das condições atmosféricas. Cidades com climas diferentes podem apresentar tempo semelhante num dado momento.
Desse modo, tempo traduz algo momentâneo, mutável e que é quase impossível de se repetir exatamente com as mesmas características. O clima refere-se aos mesmos fenômenos, traduzindo-os com uma dimensão mais duradoura e estável.
(Adaptado de: Maria Isabel Fonseca Galvão. <www.thales.cica es>. Acesso em jun 2002.)
Diferencie clima de tempo com exemplos concretos.
A cada bioma terrestre corresponde um tipo de clima.
Os principais tipos de clima dependem do comportamento dos diferentes elementos climáticos (precipitações, temperaturas, massas de ar) e de fatores como a latitude, a altitude e a maior ou menor proximidade do mar (continentalidade e maritimidade) e são representados por gráficos denominados climogramas.
Os climogramas representam a quantidade de chuvas (precipitação) e a temperatura de uma localidade, medidas por uma estação atmosférica durante os doze meses do ano. Para construí-los usamos o sistema das coordenadas cartesianas (ordenadas e abscissas). No eixo das abscissas são representados os meses do ano. As temperaturas estão representadas por uma linha vermelha e as precipitações, por barras azuis. Através desses gráficos é possível reconhecer as características do clima de uma região e até mesmo classificá-lo.
Como os elementos climáticos apresentam-se das mais variadas maneiras na superfície da Terra, provávelmente não encontraremos dois lugares no mundo que tenham o clima exatamente igual. Podemos considerar zonas climáticas com algumas características comuns, sem levar em conta diferenças causadas por fatores locais, como a altitude e a dinâmica das massas de ar.
Veja a seguir as características dos principais tipos de clima encontrados no globo.
Clima glacial ou polar
É o clima das regiões polares. Caracteriza-se por apresentar temperaturas muito baixas, com médias térmicas de cerca de-35 °C no inverno, atingindo 10°C no verão.
Clima temperado
Ocorre na Europa, na América do Norte, na Ásia (menos no Oriente Médio, no sul e no sudeste da Ásia), no sul da América do Sul, na Nova Zelândia e em parte da Austrália. Suas principais características são: estações do ano bem definidas e queda de neve no inverno. A distância ou a proximidade do mar explicam a existência de três subtipos de clima temperado:
· Temperado oceânico: com temperaturas mais amenas no inverno.
· Temperado continental: com grandes amplitudes térmicas.
Fonte: Atlas actual de geografia universal. Barcelona, Vox, 1994.
· Temperado mediterrâneo: ocorre na bacia do Mediterrâneo, no litoral do Chile, da Califórnia, da África do Sul e da Austrália. Apresenta verão quente e seco, e inverno chuvoso masnão muito frio.
Fonte: Atlas actual de geografia universal. Barcelona, Vox, 1994.
Clima tropical
Clima quente, com alguns subtipos:
· Tropical típico ou continental: com duas estações bem definidas - verão chuvoso e inverno seco. Ocorre no Brasil central e em grande parte da África.
Fonte: IBGE, Anuário Estatístico no Brasil 1996.
· Equatorial: clima das áreas próximas da linha do Equador (Amazónia, África e Indonésia), muito quente, com pequenas amplitudes térmicas e chuvas abundantes na maior parte do ano.
Fonte: Atlas actual de geografia universal. Barcelona, Vox, 1994.
· Tropical de monções: clima do sul e do sudeste da Ásia. Caracteriza-se pelas chuvas torrenciais de verão, causadas pelas monções oceânicas, e inverno seco.
Fonte: Jean-François Beaux. L’environnemerit, repères pratiques. Paris, Nathan, 1996
· Tropical de altitude: com temperaturas médias menos elevadas, devido ao fator altitude.
Fonte: Inmet - Instituto Nacional de Meteorologia. 2001
Clima desértico
As principais características desse tipo de clima são: pequena quantidade de chuvas e a grande amplitude térmica. Ocorre tanto em áreas tropicais como em áreas temperadas: norte da África (Saara), Oriente Médio (Neguev), oeste dos Estados Unidos e norte do México (Sonora), litoral do Chile e do Peru (Atacama), Austrália (Gibson), sudoeste da África (Kalahari) e noroeste da Índia (Tar).
Fonte: Atlante geográfico metodico De Agostini. Novara. Istituto Geográfico De Agostini, 1996/1987.
Clima de montanha
O clima de montanha não está restrito a uma zona climática. É ligado às grandes altitudes das cadeias montanhosas, como os Andes, o Himalaia, as montanhas Rochosas e os Alpes. Caracteriza-se pelo frio e pela presença de neves eternas. Nesse caso, em alguns lugares o fator altitude supera a latitude.
Climas de transição
Assim chamados por estarem nas zonas de mudança de um clima para outro. São eles:
· Clima subtropical: encontrado nas áreas de transição do clima tropical para o clima temperado. Apresenta chuvas bem distribuídas, aumento da amplitude térmica e estações do ano mais definidas Ocorre no sul do Brasil.
Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil 1996.
· Clima semi-árido: encontrado tanto em, regiões tropicais (sertão do Nordeste brasileiro) como em áreas temperadas (Patagônia, Argentina). Nesse tipo de clima, as chuvas, além de escassas, são mal distribuídas durante o ano.
Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil 1996.
Classificação climática de Strähler
O norte-americano Arthur Strähler usa os conhecimentos sobre a circulação geral da atmosfera para classificar os climas. Ele reconhece a importância do mecanismo das massas de ar e das frentes na caracterização dos tipos de clima. Por isso, sua classificação é denominada dinâmica.
Para ele, os principais tipos de clima são:
Climas das /atitudes baixas: influenciados por massas de ar quente.
Climas das latitudes médias: influenciados por massas de ar tropicais e polares.
Climas das latitudes altas: influenciados por massas de ar polares.
Conheça os vários subtipos em que se divide cada um desses tipos climáticos, observando o mapa a seguir.
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