domingo, 13 de junho de 2010

A Indústria No Brasil


"Para a maioria dos analistas, o Brasil é um paradoxo. O país tem uma base industrial desenvolvida, um setor da sociedade altamente sofisticado e um corpo considerável de cientistas. O mistério é que tudo isso ainda não se traduziu em competitividade. Isso é um reflexo do desdém dos brasileiros pelo mercado internacíona . O Brasil precisa exportar para atingir a prosperidade. Não vendendo produtos agrícolas, mas, sim, de alta tecnologia. Se isso fosse feito, o país poderia realmente dar um grande salto. Com o fim da guerra fria, as velhas divisões ideológicas acabaram dando lugar a uma divisão baseada na tecnologia. Países onde vivem cerca de 15% da população mundial são responsáveis por quase todas as invenções. Os restantes 2 bilhões de seres humanos, um terço do total, não as produzem nem sabem como usá-las. As fronteiras das regiões excluídas não são as mesmas do mapa-múndi. A região da Amazônia no Brasil, por exemplo, faz companhia a vários países africanos no grupo dos excluídos."
(Adaptado de: Jeffrey Sachs. Veja, 18 jul. 2001, p. 11-15.)

Para o Brasil tornar-se industrializado, foi preciso percorrer um longo caminho.
Durante a maior parte do período colonial (1500-1822), era praticamente proibida a instalação de estabelecimentos comerciais e industriais na colônia, principalmente até 1808, datada vinda da família real ao Brasil, porque os produtos fabricados aqui concorreriam com os da metrópole portuguesa. Por isso, entre os séculos XVIII e XIX, enquanto alguns países da Europa ocidental conviviam com a industrialização, o Brasil permanecia como exportador de gêneros agrícolas, papel que continuou a representar mesmo após obter sua independência política em 7 de setembro de 1822. Até a década de 1930, a industrialização brasileira foi marcada por indústrias tradicionais (alimentícias e têxteis) e pela importação de produtos industrializados.
A crise mundial de 1929 afetou a economia brasileira, que até então se baseava principalmente na produção e na exportação de café. Com essa crise uma parcela razoável do capital cafeeiro foi reinvestida em atividades urbanas fabris, como a produção de alimentos e tecidos, modificando e dinamizando nossa economia com a lenta transição do predomínio do capital agrícola para o capital industrial. Este reunia o capital oriundo da cafeicultura, capitais internacionais (ingleses e norte-americanos, principalmente), poupança interna (capital privado nacional) e o capital estatal, que expandiu e diversificou a economia brasileira.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) beneficiou a produção interna no Brasil, que, além de ler dificuldade em comercializar com a Europa, precisava substituir os produtos industrializados, queerarn importados, para atender ao mercado interno.

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