Origem mais remota: O início da integração mundial remonta aos séculos XV e XVI, quando a expansão ultramarina dos Estados europeus possibilitou a conquista de novas terras, sendo, portanto, o resultado da procura de uma rota marítima alternativa ao Mediterrâneo para as Índias, assegurou o estabelecimento das primeiras feitorias comerciais europeias na índia, China e Japão, e, principalmente, abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo.
b) A aceleração do processo de globalização: Até o século XVIII predominava o meio natural, pois o desenvolvimento dependia basicamente das condições naturais. A influência do tipo de solo e das estações de ano, por exemplo, determinavam o desempenho da agropecuária na produção de matérias-primas para as indústrias e alimentos à população, da mesma forma que a produção industrial estava vinculada à capacidade manual dos artesãos. A partir do período pós-guerra emerge o que denomina-se de meio-técnico-científico informacional marcado pelo advento de novas tecnologias que implicaram em grandes modificações na organização e funcionamento do processo produtivo e por conseguinte no espaço geográfico. Segundo Manuel Gasteis:
"No novo modo informacional de desenvolvimento, a fonte de produtividade acha-se na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e de comunicação de símbolos. Chamo-a de informacional e global para identificar suas características fundamentais e diferenciadas e enfatizar sua interligação. É informacional porque a produtividade e a competitividade de unidades ou agentes nessa economia (sejam empresas, regiões ou nações) dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos. É global porque as principais atividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como seus componentes (capital, trabalho, matéria-prima, administração, informação, tecnologia e mercados) estão organizados em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos."
O espaço dos fluxos. In: CASTELS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
O conhecimento de qualquer natureza assume um papel determinante para o desenvolvimento, seja de pessoas, que necessitam de uma qualificação cada vez maior para a inserção no mercado de trabalho, seja de empresas, que precisam de conhecimentos científicos para melhorarem a qualidade de produtos e serviços e assim conquistarem mais mercados e, principalmente, dos países que só atingem o desenvolvimento pleno com empresas e pessoas detendo alto grau de informações. Esse novo meio geográfico está sendo formado em decorrência de uma revolução tecnológica que vem se expandindo com maior velocidade desde os anos 70. Tal processo significa a explosão de novas tecnologias em um curto espaço de tempo, capaz de modificar radicalmente as lógicas de produção, circulação e consumo no mundo.
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