segunda-feira, 29 de junho de 2009

Geografia da população mundial

1- Introdução

O número parece imaginável, mais de 6 bilhões de habitantes vivem sob a superfície

terrestre e no dia 12 de outubro de 1999, nasceu o habitante que selou essa contagem (na cidade

de Sarajevo, capital da Bósnia Herzegovina). Evidentemente de lá pra cá a população mundial

tem crescido. A partir da análise do comportamento da população (evolução do crescimento e

mobilidade por exemplo), poderemos conhecer um pouco mais sobre a geografia da população

mundial e responder a alguns questionamentos freqüentes, como: onde a população tende a

crescer mais? Por que a população cresce? O crescimento populacional é o mesmo em todas as

partes do mundo? Estas e outras questões serão respondidas a partir de seus estudos dentro da

geografia da população.

2 - Elementos da dinâmica demográfica

A dinâmica demográfica é composta por elementos que, dentro de um contexto, nos dão

condições de compreender melhor o comportamento da população, são eles:

2.1- Natalidade: número de nascidos vivos registrados em um ano por mil habitantes. É portanto

a relação entre os nascimentos e a população total.

2.2- Mortalidade: número de óbitos registrados em um ano por mil habitantes. É calculada a

partir da relação entre óbitos anuais, multiplicados por mil, e a população total.

2.3- Crescimento vegetativo: diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.

2.4- Migrações: é qualquer tipo de mobilidade populacional. Quando o movimento é de entrada

de migrantes o denominamos de imigração. Quando o movimento é de saída de migrantes

o denominamos de emigração.

2.5- Política demográfica: é qualquer tipo de ação do Estado seja para estimular, seja para

desestimular o crescimento populacional.

2.6- População absoluta: é o número total de habitantes de uma cidade, região ou país.

2.7- População relativa: é o número obtido a partir da divisão do número total de pessoas pela

área onde estão residindo. Essa operação vai revelar a densidade demográfica de uma

determinada área, ou seja, o número de habitantes por km2.

2.8- Taxa de fecundidade: número médio de filhos por mulher em idade de procriar, que, por

convenção, tem entre 15 e 49 anos.

2.9- Taxa de mortalidade infantil: relação entre o número de óbitos de crianças com menos de

um ano, multiplicado por mil, e o número de crianças nascidas vivas durante o ano civil.

3

3- Histórico do crescimento populacional

no mundo

A evolução da população mundial

Até o início da era cristã, estima-se que a população

mundial era de aproximadamente 250 milhões de habitantes.

Quase quinze séculos depois (1750) ela apenas dobrou, alcançando

550 milhões, O crescimento populacional acelerou-

se após o advento da modernização das sociedades. Já

em 1850, a população mundial chegou a 1,1 bilhão de pessoas.

Atingiu 2,5 bilhões um século depois e 3 bilhões em 1965.

Na década de 1990, elevou-se para 5,48 bilhões. Estimativas

da Conferência da ONU sobre População e Desenvolvimento,

realizada no Cairo (Egito), em agosto de 1994, apontam

que a população do planeta pode superar os 7 bilhões nas

primeiras décadas do século XXI, crescendo cerca de 90 milhões

de pessoas ao ano.

O que fica evidente a partir da evolução histórica do

crescimento vegetativo observado acima é que esse crescimento

populacional num primeiro momento foi lento e depois

passou por uma aceleração. Assim do início da Era Cristã

até o início da Revolução Industrial o crescimento populacional

apresentou-se de forma lenta, isso em decorrência dos

elevados índice de natalidade e de mortalidade. Já a partir da

Revolução Industrial começou um processo de aceleração

desse crescimento vegetativo, pois o processo de urbanização

juntamente com a evolução da medicina possibilitaram

uma redução dos índices de mortalidade provocando uma

aceleração do crescimento demográfico. Esse incremento populacional

sem precedentes na história da humanidade foi o

resultado do aumento das taxas de natalidade nas principais

regiões industrializadas do continente, e principalmente da

queda generalizada das taxas de mortalidade. Até as últimas

décadas do século XIX, as taxas de natalidade se mantiveram

bastante altas entre as populações urbanas. Nas primeiras

fábricas era comum o emprego de crianças bem pequenas

( a partir de sete anos de idade) e uma quantidade maior de

filhos poderia significar um acréscimo significativo na renda

familiar. Nesse mesmo período as taxas de mortalidade despencaram

na maioria dos países europeus. Em muitos lugares

a fome e a escassez, comuns durante a Idade Média,

foram praticamente eliminadas após a Revolução Agrícola. A

melhoria da alimentação figura entre os fatores que mais contribuíram

para a diminuição das taxas de mortalidade. Nas

cidades a implantação de redes de serviço de saúde (abastecimento

de água e tratamento de esgoto) melhorava as condições

sanitárias, limitando a proliferação de epidemias.

Os avanços no campo da medicina também tiveram

um papel muito importante no recuo das taxas de mortalidade

devido ao desenvolvimento de vacinas e antibióticos.

Nas últimas décadas do século XIX, as taxas de natalidade

começaram a declinar na maioria das regiões européias

indicando o início de um processo de estabilização

demográfica que iria se completar no século XX. Os elementos

responsáveis por essa desaceleração do crescimento

demográfico foram os seguintes:

a) O desenvolvimento tecnológico passou a exigir do trabalhador

uma maior especialização, o que levou a uma

organização sindical maior que exigia o estabelecimento

de leis que restringiam o trabalho infantil

b) O crescimento econômico e o aumento da renda familiar

média nos países desenvolvidos foram outros fatores

importantes para o recuo das taxas de natalidade, pois

com um número menor de filhos ficava mais fácil manter

um padrão de vida que permiti às famílias educar, vestir

e proporcionar alternativas de lazer para os seus membros.

Na realidade a urbanização provocou a elevação

do custo de formação do indivíduo.

c) A maior inserção da mulher no mercado de trabalho,

pois a cada nascimento as mães interrompiam (ainda

que temporariamente) as suas atividades profissionais,

por conta disso, as mulheres passaram a ter menos filhos

buscando em primeiro lugar a sua formação e estabilidade

socioeconômica.

4- A explosão demográfica

Depois da Segunda Guerra Mundial, as taxas de mortalidade

começaram a cair nos países subdesenvolvidos devido

a difusão de novos medicamentos, a vacinação em massa, o

controle crescente sobre as epidemias (difteria, tifo e malária,

principalmente) – enfim, a revolução médico-sanitária – chegavam

com décadas de atraso. As multinacionais do setor

farmacêutico descobriram seu paraíso nos países pobres.

A queda da mortalidade provocou um novo surto de

crescimento demográfico no planeta, numericamente bastante

superior àquele do século XIX, pois partiu de uma base muito

maior. A idéia de explosão demográfica sugere algo como

um "bomba populacional", uma explosão incontrolável

e maléfica ao bem estar dos povos.

É como se houvesse uma situação incontrolável

de excesso de gente, que exigiria

medidas drásticas para ser corrigida. Por isso,

os defensores da idéia de explosão demográfica

são, em geral, favoráveis a medidas de

controle da natalidade. Essa idéia de explosão

demográfica não tem grande aceitação,

pois o crescimento demográfico não ocorreu

por acaso, como algo prejudicial, mas é na

verdade fruto das transformações econômicas

e sociais pelas quais a sociedade passa,

ocorrendo após esse período uma estabilização

do crescimento populacional.

4

5- A transição demográfica

A transição

demográfica é a teoria

mais aceita cientificamente

para explicar

o comportamento

populacional,

pois já está comprovado

que após um

período que durou

várias décadas – de

enorme crescimento

demográfico estamos

agora atingindo

uma fase de estabilização,

de diminuição

progressiva nas taxas de crescimento vegetativo.

Essa estabilização já foi atingida nos países desenvolvidos e

mesmo em alguns países do Sul (Argentina, Uruguai,

Chile,Coréia do Sul, etc.) e deve também ocorrer, com o tempo,

nas demais nações do mundo subdesenvolvido. Em alguns

Estados do Sul, pode-se mesmo afirmar que essa fase

de estabilização já está relativamente próxima (Brasil, China,

Sri Lanka, Tailândia); em outros ela está distante, mas deverá

ocorrer no máximo até o ano 2025 (Afeganistão, Nigéria, Uganda,

Tanzânia, Costa do Marfim, Camarões, etc.)

A idéia de transição demográfica, dessa forma, é mais

aceitável que a de explosão demográfica. Essa transição, no

entanto, não é igual em toda parte: ocorreu antes nos países

líderes da Revolução Industrial, onde praticamente já atingiu

seu limite, e prossegue hoje, com diferença de ritmo conforme

a nação, nos países subdesenvolvidos. Calcula-se até

mesmo que, no ano de 2050, os índices de natalidade e mortalidade

serão equivalentes e, conseqüentemente, a população

mundial terá crescimento zero.


 

5

6- As teorias demográficas

6.1-Teoria de Malthus

Em 1798, Malthus publicou

uma teoria demográfica que apresenta

basicamente dois postulados:

a) A população, se não ocorrerem

guerras, epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a

duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria portanto, em progressão

geométrica (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um

fator variável, ou seja, cresceria sem parar.

b) O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas

em progressão aritmética (2, 3, 4, 5, 6,...) e possuiria

um limite de produção, por depender de um fator fixo: o

próprio limite territorial dos continentes.

Ao considerar esses dois postulados, Malthus concluiu

que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado

que o ritmo de crescimento da produção alimentar (PG

x PA). Previa ainda que um dia estariam esgotadas as possibilidades

de aumento da área cultivada, pois todos os continentes

estariam plenamente ocupados pela agropecuária e a

população do planeta continuaria crescendo. A conseqüência

seria a fome, a falta de alimentos para abastecer as necessidades

de consumo do planeta. Para evitar esse flagelo,

Malthus, um pastor da igreja anglicana contrário aos métodos

anticoncepcionais, propunha a sujeição moral, ou seja,

que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis

para poder alimentá-los.

Crítica à teoria malthusiana

Hoje, sabe-se que suas previsões não se concretizaram:

a população do planeta não duplicou a cada 25 anos e a

produção de alimentos cresceu no mesmo ritmo do desenvolvimento

tecnológico. Mesmo que se considere uma área

fixa de cultivo, a produção (quantidade produzida) aumenta,

já que a produtividade (quantidade produzida por área – toneladas

de arroz por hectare, por exemplo) também vem aumentando

sem parar.

Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente.

Os erros de previsão estão ligados principalmente

às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus

tirou suas conclusões a partir da observação do comportamento

demográfico em uma região limitada, com população

predominantemente rural, e as considerou válidas para

todo o planeta no transcorrer da história. Não previu os efeitos

decorrentes da urbanização na evolução demográfica e

do progresso tecnológico aplicado à agricultura.

Desde que Malthus apresentou sua teoria, são comuns

os discursos que relacionam de forma simplista a ocorrência

da fome no planeta ao crescimento populacional. A fome que

castiga mais da metade da população mundial é resultado da

má distribuição, e não da carência de alimentos. A atual produção

agropecuária mundial é suficiente para alimentar cerca de

9 bilhões de pessoas, enquanto a população do planeta ainda

não atingiu a cifra de 6 bilhões. A fome existe por que as pessoas

não possuem o dinheiro necessário para suprir sua necessidades

básicas, fato facilmente observável no Brasil: apesar do

enorme volume de alimentos exportados, as prateleiras dos

supermercados estão sempre lotadas e a panela de muitos

operários e bóias-frias, sempre vazia.

6.2-Teoria neo malthusiana

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, foi realizada

uma conferência de paz em 1945, em São Francisco, que deu

origem à Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião,

foram discutidas estratégias de desenvolvimento, visando

evitar a eclosão de um novo conflito militar em escala

mundial. Havia apenas um ponto de consenso entre os participantes:

a paz depende da harmonia entre os povos e, portanto,

da diminuição das desigualdades econômicas no planeta.

Agora, como explicar e, a partir daí, enfrentar a questão

da miséria nos países subdesenvolvidos?

Esses países buscaram a raiz de seus problemas na

colonização do tipo exploração implantada em seus territórios

e nas condições de desigualdade das relações comerciais

que caracterizaram o colonialismo e o imperialismo. Passaram

a propor amplas reformas nas relações econômicas, em escala

planetária, que, é óbvio, diminuiriam as vantagens comerciais

e, portanto, o fluxo de capitais e a evasão de divisas dos

países subdesenvolvidos em direção ao caixa dos países desenvolvidos.

Nesse contexto histórico, foi criada a teoria demográfica

neomalthusiana, uma tentativa de explicar a ocorrência

da fome nos países subdesenvolvidos. Ela é defendida pelos

países desenvolvidos e pelas elites dos países subdesenvolvidos,

para se esquivarem das questões econômicas.

Segundo essa teoria, uma população jovem numerosa,

resultante das elevadas taxas de natalidade verificadas

em quase todos os países subdesenvolvidos, necessita de

grandes investimentos sociais em educação e saúde. Com

isso, diminuem os investimentos produtivos nos setores

agrícola e industrial, o que impede o pleno desenvolvimento

das atividades econômicas e, portanto, da melhoria das condições

de vida da população. Ainda segundo os neomalthusianos,

quanto maior o número de habitantes de um país,

menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser

distribuído pelos agentes econômicos. Verifica-se que essa

teoria, embora com postulados totalmente diferentes daqueles

utilizados por Malthus, chega a mesma conclusão: o crescimento

populacional é o responsável pela ocorrência da miséria.

Ela passa, então a propor programas e controle da natalidade

nos países subdesenvolvidos e a disseminação da

utilização de métodos anticoncepcionais. É uma tentativa

enfrentar problemas socioeconômicos exclusivamente a partir

de posições contrárias à natalidade, de acobertar os efeitos

devastadores dos baixos salários e das péssimas condições

de vida que vigoram nos países subdesenvolvidos a

partir de uma argumentação demográfica. Dizer que os países

subdesenvolvidos desviaram dinheiro do setor produtivo

para os investimentos sociais é, no mínimo, hipocrisia.

6.3-Teoria reformista

Em resposta aos neomalthusianos, foi elaborada a

teoria reformista, que inverte a conclusão das duas teorias

demográficas anteriores.

Uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas

taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência

do subdesenvolvimento. Em países desenvolvidos, onde o

padrão de vida da população é elevado, o controle da natalidade

ocorreu paralelamente à melhoria da qualidade de vida

da população e espontaneamente, de uma geração para outra.

Uma população jovem numerosa só se tornou empecilho

Malthus

7- A estrutura etária da população mundial

A estrutura etária da população é comumente retratada

por meio de gráficos em forma de pirâmides. A forma da

pirâmide etária de um país é constantemente associada ao

seu grau de desenvolvimento.

7.1- Pirâmide etária em países subdesenvolvidos pobres

(situação: em explosão demográfica)

• Base larga: resultado de altas taxas de natalidade

• Topo estreito: conseqüência da baixa expectativa de vida

da população.

Esses países apresentam elevado crescimento vegetativo

em virtude da recente queda nas taxas de mortalidade

(não acompanhada de uma redução das taxas de natalidade).

Esse diminuição das mortalidade está associada a melhoria

relativa das condições médico-sanitárias, sobre tudo após a

descolonização afro-asiática. A permanência das taxas de natalidade

estão associadas à extrema condição de pobreza da

estrutura econômica (no campo, mais filhos para trabalharem

nas lavouras) e características culturais (por exemplo a poligamia

em nações de cultura oriental na África e Ásia).

7.2- Pirâmide etária em países subdesenvolvidos industrializados

(situação: em transição demográfica)

• Apresenta um processo de redução da base da pirâmide

em decorrência da redução dos índices de natalidade.

• Apresenta um alargamento do centro da pirâmide (população

adulta) em decorrência da combinação da redução da

natalidade com a melhoria da qualidade de vida.

• Essa realidade significa o indício de que o crescimento

populacional desses países deverá atingir nas próximas

décadas o mesmo patamar dos países desenvolvidos. Entretanto,

a queda no crescimento demográfico, diferentemente

dos países ricos, não é acompanhada de uma melhoria das

condições de vida da população mais pobre.

7.3- Pirâmide etária em países desenvolvidos industrializados

(situação: em estabilidade demográfica)

• Estreitamento da base da pirâmide em decorrência da estabilização

da taxas de natalidade.

• O centro da pirâmide e mais largo devido o predomínio da

população adulta.

• O topo da pirâmide é elevado pois esses países apresen7

tam um grande número

de idosos, isso em

decorrência das melhores

condições de

vida e conseqüentemente

aumento da expectativa

de vida. Em

decorrência da diminuição

do número de

jovens e aumento

dos idosos, esses países

apresentam alguns

problemas como:

escassez de mão-deobra

(as pessoas em

idade produtiva são os

jovens) e aumento dos

gastos com a previdência

social.

8- A estrutura econômico-produtiva

e sexual da sociedade

A População Economicamente Ativa (PEA) de um país

corresponde ao seu contingente populacional (pessoas entre

dez e sessenta anos nos países subdesenvolvidos e entre

quinze e sessenta anos nos países desenvolvidos) voltado

para o mercado de trabalho, ou seja, que esteja trabalhando

ou procurando emprego.

A População Economicamente Inativa (PEI) de um

país, portanto, refere-se àquelas pessoas que não estão trabalhando

nem procurando emprego, como as crianças com

menos de dez anos de idade, estudantes, aposentados e donas

de casa.

Nos países desenvolvidos a PEA é mais elevada, em

termos relativos, do que a dos subdesenvolvidos. Entre outros

fatores, isso ocorre pelo fato de o número de crianças

ser menor e por apresentarem uma economia bem mais poderosa

do que a dos países subdesenvolvidos.

8.1- Distribuição da PEA nos diferentes setores da atividade:

Uma das formas de se observar o grau de desenvolvimento

econômico de um país é por meio da análise da distribuição

da sua PEA por setores de atividades, que costuma

ser dividida em três setores produtivos:

a) Primário: setor que agrupa as atividades agropecuárias,

extrativismo vegetal, animal e mineral quando desenvolvida

na forma de garimpo, pesca etc.

b) Secundário: setor que reúne

os diversos ramos industriais,

construção civil e de exploração

mineral, quando mecanizada

e caracterizada pela ocorrência

de qualquer tipo de beneficiamento

no local de extração.

Nos países desenvolvidos esses

setor concentra em média

30% da PEA.

c) Terciário: setor que reúne as

atividades comerciais e a prestação

de serviços: educação, comunicações,

saúde, bancos, administração

pública etc. Os países

desenvolvidos, neste setor

refletem um estágio de desenvolvimento

econômico (grande importância

das atividades financeiras

e comerciais e da prestação

de serviços públicos e pessoais).

Nos países pobres esse

setor está hipertrofiado.

Uma grande concentração

da PEA no setor primário,

como ocorre em grande parte do

mundo subdesenvolvido, indica

que a economia do país apresenta

forte vinculação com o

setor agrário e também que esse

setor se encontra pouco mecanizado.

Em contra-partida, uma

grande concentração nos setores

secundário e terciário, como

acontece no mundo desenvol-

Idosos norte-americanos em aula de

hidroginástica. Em países onde a

porcentagem de idosos está aumentando,

como é o caso do Brasil, os programas

de esportes, cultura e entretenimento

voltado para os mais velhos também são

cada vez mais necessários.

76

75

75

74

71

70

79

9- A participação da mulher no mercado

de trabalho

Apesar das conquistas femininas no final do século

XX, elas são restritas a determinados países e classes sociais.

Mesmo nos países desenvolvidos, onde a discriminação

é menos acentuada, ainda é evidente o preconceito em

relação à mulher na sociedade e, particularmente, no mercado

de trabalho.

Em todos os países, as mulheres tem menos tempo de

escolaridade, participam menos do mercado de trabalho e

geralmente recebem salários inferiores aos dos homens com

a mesma capacitação profissional. Essa realidade agrava-se

nos países mais pobres e nas classes sociais de menor renda.

A partir de 1950 acentuou-se, o questionamento da superioridade

masculina e as conquistas femininas ampliaram-se em

vários aspectos, da liberdade sexual às questões profissionais.

No entanto, essas conquistas não aconteceram de forma

generalizada em todas as nações. E mesmo onde elas

tiveram um avanço significativo, em muito ainda deverá ser

ampliada a emancipação feminina.

9.1- Fatores que determinaram o maior ingresso da mulher

no mercado de trabalho

a) Nos países desenvolvidos as conquistas profissionais

femininas podem ser atribuídas a um amplo movimento

de emancipação, que levou a uma conscientização social

e à quebra relativa do preconceito contra as mulheres.

É a dissolução da família patriarcal.

b) Nos países subdesenvolvidos os motivos são diferentes,

pois estão relacionados à própria estrutura econômica

dos países. O ingresso da mulher no mercado de

trabalho ocorreu devidos aos baixos salários recebidos

pelos homens impossibilitando-os de manter o orçamento

familiar apenas com seu trabalho.

A mulher continuou responsável por todas as atividades

domésticas, exercendo assim dupla jornada de trabalho,

visto que ainda não conquistou a justa divisão do trabalho

de casa como marido.

9.2- As conseqüências do ingresso da mulher no mercado

de trabalho

a) Maior exploração da força de trabalho, pois o ingresso

da mulher no mercado de trabalho não foi acompanhado

da dissolução da cultura machista. Por conta disso a

mulher fica sujeita a uma dupla jornada de trabalho o

doméstico e o remunerado.

b) Diminuição da participação dos homens em algumas

atividades que passam a ser exercidas em sua maioria

por mulheres a exemplo do ensino primário.

c) Aumento de exército de reserva, promovendo um rebaixamento

dos salários.

Nenhum comentário:

Gostou? Compartilhe o Blog!!!

Facebook Twitter Addthis