Petróleo no Oriente Médio
Quando falamos em petróleo, pensamos logo nos países árabes – principais produtores de petróleo no mundo e onde está localizado cerca de 30% da produção mundial. Além de considerarmos o seu maior consumidor atualmente, os Estados Unidos. Todavia, para compreendermos como a configuração da geopolítica do petróleo chegou as suas vias atuais, é necessário saber o princípio das disputas pelo controle das jazidas e da circulação do óleo negro.
Oriente Médio, a peça principal
No final do século XIX, os países europeus, principalmente as duas principais potências do velho continente – Inglaterra e França – buscavam ampliar seus mercados, além das áreas para obtenção de matéria-prima. A necessidade de abastecer os centros urbanos-industriais avançavam em ritmo acelerado, fazia dos dois países grandes atores na disputa pelas fontes de energia.
Reservas de Petróleo mundiais (Foto: Reprodução)
O Oriente Médio, mais especificadamente o Golfo Pérsico, foi uma região de intensas disputas e influências dos dois países. É nesse contexto, que o imperialismo vai originar/aprofundar as disputas territoriais e rivalidades étnico-culturais que vimos atualmente (Irã, Iraque, Catar etc). Novas linhas fronteiriças são originadas conforme as necessidades de se obter as jazidas de petróleo e manter o controle das novas colônias/protetorados, alterando a política dos países locais, atuando diretamente em seus governos.
Canal de Suez – o caminho do óleo para Europa e América
Enquanto o petróleo na segunda metade do século XIX, tornava-se a principal fonte energética do mundo, Inglaterra e França já construíam o caminho de escoamento do óleo no Golfo Pérsico em direção ao Mediterrâneo. O Canal de Suez, localizado no Egito seria a porta de saída dos petroleiros e de outros navios que necessitassem fazer esta viagem, que antes duravam meses, pois havia a necessidade de contornar o continente africano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário