RIO - No dia em que começam os debates da conferência sobre o clima em Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil está em situação confortável para discutir o tema das mudanças climáticas, uma vez que só depois que o governo brasileiro anunciou sua meta, Estados Unidos e China apresentaram seus números.
Em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente" desta segunda-feira, Lula previu que os países participantes do evento organizado pelas Nações Unidas vão entrar em acordo em torno de uma proposta global para diminuir as emissões de gases do efeito estufa. Ele também voltou a defender investimento para que os países pobres possam se desenvolver.
" É preciso ter financiamento para que a gente ajude os países pobres a terem um desenvolvimento sustentável, mas sólido "
- Não achamos que, até chegar Copenhague, os países vão se colocar de acordo, porque é preciso ter um número para diminuir as emissões, é preciso que tenha financiamento para o sequestro de carbono, e, sobretudo, é preciso ter financiamento para que a gente ajude os países pobres a terem um desenvolvimento sustentável, mas sólido - disse Lula no programa.
Delegados de 190 nações chegaram a Copenhague neste final de semana para a cúpula sobre mudança climática da ONU, que começa nesta segunda-feira e busca um novo acordo global em substituição ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
A presença de chefes de Estado está prevista para os dias 17 e 18 de dezembro com o objetivo de dar envergadura política para um acordo. Lula tem afirmado que comparecerá, assim como o presidente dos EUA, Barack Obama, o premiê chinês Wen Jiabao e seu colega indiano Manmohan Singh.
No discurso de abertura, o primeiro ministro dinamarquês Lars Loekke Rasmussen afirmou que o momento é "uma oportunidade que o mundo não pode perder". Rasmussen disse que, nas próximas duas semanas, Copenhague não abrigará somente a conferência, mas também a esperança de milhões de pessoas em todo o mundo.
A reunião está prevista para durar duas semana, e a ideia é que se chegue a um acordo até o dia 18 de dezembro. Mais de 15 mil pessoas devem passar pelo Bella Center. Cerca de cem líderes internacionais já confirmaram presença para os últimos dias do encontro, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da França, Nicolas Sarcozy, e outros das maiores potências mundiais.
No domingo, o secretário-geral da convenção da ONU para o clima, Yvo de Boer, disse à agência de notícias BBC que o encontro marca uma "virada" nos debates sobre o tema, dizendo estar mais otimista do que nunca por causa do número "sem precedentes" de propostas de países.
Fonte: O Globo.
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